Estreia hoje a mais nova minissérie do Universo Cinematográfico Marvel: “Invasão Secreta”, estrelando Samuel L. Jackson, Cobie Smulders e Martin Freeman reprisando seus papeis de Nick Fury, Maria Hill e Everett K. Ross. Ou não, como explico abaixo.

“Invasão Secreta” é a adaptação de uma mini lançada pela Marvel entre 2007 e 2008. Com roteiros de Brian Michael Bendis e arte de Leinil Francis Yu, a série mostrava uma inteligente invasão ao planeta Terra. Os invasores são os velhos conhecidos dos leitores: os Skrulls, criados lááá atrás, por Stan Lee e Jack Kirby, em uma das primeiras histórias do Quarteto Fantástico.

O lance dos Skrulls é que todos eles são transmorfos – ou seja, podem assumir a forma que bem entendem. Se assumem a forma de um “super-humano”, entretanto, não conseguem reproduzir seus poderes naturalmente. Mas podem usar meios artificiais, como máquinas, para esse fim.

O que Bendis e Yu apresentaram foi uma obra de suspense: quando o leitor – e todos os super-heróis da Marvel – perceberam, a invasão já estava em pleno andamento. Não havia essa de “olha o disco voador chegando, vamos nos defender”. Os aliens já estavam na Terra havia anos, infiltrados em pontos chaves – ou seja, os Vingadores e a S.H.I.E.L.D.. Em poucas páginas, criou-se uma enorme tensão, pois não se sabia quem eram aqueles personagens: os heróis de verdade ou skrulls disfarçados como eles?

Por isso que mencionei lá em cima que Samuel L. Jackson, Cobie Smulders e Martin Freeman podem não estar interpretando Nick Fury, Maria Hill e Everett K. Ross: eles podem ser Skrulls disfarçados.

Invasão Secreta“, a HQ, já saiu mais de uma vez no Brasil. Independentemente se você vai assistir ou não a mini, trata-se de uma bela aventura de super-heróis. E, se você entrar no clima criado por Bendis, vai terminar em dúvida se é você mesmo ou um Skrull disfarçado.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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