A norte-americana Alison Bechdel é uma das minhas quadrinistas favoritas em atividade – no mundo, e não só em seu país. Com roteiro inteligente e uma franqueza duríssima, ela me fascinou com duas obras autobiográficas: “Fun Home” e “Você é minha mãe?“. Só depois eu tive contato com sua enorme obra ficcional (e ainda assim tão ligada à realidade) na valiosa coletânea “Perigosas Sapatas“.
(Se quiser saber com mais profunidade por que acho o trabalho dela tão incrível, está neste artigo: “Alison Bechdel, talento, terapia, dor e reflexão“. Ele integra a série “Quadrinistas Maravilhosos”, em que me propus a escrever sobre meus dez quadrinistas favoritos ainda em atividade. Não consegui selecionar apenas uma dezena e escrevi sobre 15, mas isso é outra história.)
A editora Todavia acaba de lançar “O Segredo da Força Sobre-Humana” (tradução de Carol Bensimon), nova obra autobiográfica de Bechdel. Como o título deste post entrega, trata da relação dela com exercícios físicos. Em se tratando dela, não é de surpreender que o livro entregue muito mais do que isso, com profundidade, humor ácido e autosarcasmo.
Abaixo, a sinopse da editora.
“Após a publicação dos aclamados FUN HOME e VOCÊ É MINHA MÃE, Alison Bechdel explora, neste também autobiográfico O SEGREDO DA FORÇA SOBRE-HUMANA, sua história de fascínio pelos exercícios físicos, desde a infância, nos anos 1960, até os dias atuais, quando a autora percebe as limitações de um corpo que já não tem o mesmo vigor e flexibilidade de antes. O relato passa pela corrida, pelos clubes de caratê feminista nos anos 1980 e por práticas tão diversas quanto ioga, ciclismo, escalada, esqui, HIIT e as outras tantas modas fitness que a autora explorou numa tentativa metódica de conter o estresse e a ansiedade e de manter obsessivamente a própria vida sob controle.”