A norte-americana Alison Bechdel é uma das minhas quadrinistas favoritas em atividade – no mundo, e não só em seu país. Com roteiro inteligente e uma franqueza duríssima, ela me fascinou com duas obras autobiográficas: “Fun Home” e “Você é minha mãe?“. Só depois eu tive contato com sua enorme obra ficcional (e ainda assim tão ligada à realidade) na valiosa coletânea “Perigosas Sapatas“.

(Se quiser saber com mais profunidade por que acho o trabalho dela tão incrível, está neste artigo: “Alison Bechdel, talento, terapia, dor e reflexão“. Ele integra a série “Quadrinistas Maravilhosos”, em que me propus a escrever sobre meus dez quadrinistas favoritos ainda em atividade. Não consegui selecionar apenas uma dezena e escrevi sobre 15, mas isso é outra história.)

A editora Todavia acaba de lançar “O Segredo da Força Sobre-Humana” (tradução de Carol Bensimon), nova obra autobiográfica de Bechdel. Como o título deste post entrega, trata da relação dela com exercícios físicos. Em se tratando dela, não é de surpreender que o livro entregue muito mais do que isso, com profundidade, humor ácido e autosarcasmo.

Abaixo, a sinopse da editora.

“Após a publicação dos aclamados FUN HOME e VOCÊ É MINHA MÃE, Alison Bechdel explora, neste também autobiográfico O SEGREDO DA FORÇA SOBRE-HUMANA, sua história de fascínio pelos exercícios físicos, desde a infância, nos anos 1960, até os dias atuais, quando a autora percebe as limitações de um corpo que já não tem o mesmo vigor e flexibilidade de antes. O relato passa pela corrida, pelos clubes de caratê feminista nos anos 1980 e por práticas tão diversas quanto ioga, ciclismo, escalada, esqui, HIIT e as outras tantas modas fitness que a autora explorou numa tentativa metódica de conter o estresse e a ansiedade e de manter obsessivamente a própria vida sob controle.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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