Nem toda história da DC ou da Marvel vale dentro da continuidade dos seus personagens. Ou seja, a DC (nos selos Elseworlds e Black Label) e a Marvel (“What If…”) permitem que seus autores extrapolem limites das histórias tradicionais: e se o Superman fosse criado por comunistas da União Soviética? E se o Homem-Aranha virasse membro do Quarteto Fantástico?

E há ainda outra maneira de esses personagens e mitologias serem extrapolados: quando as editoras permitem que artistas e estúdios de outros países criem suas próprias histórias. Mais do que sacadas nos roteiros, essas experiências permitem abordagens completamente diferentes, tanto na narrativa quanto na arte, para personagens consagrados.

A Panini anunciou no início do ano (vi na Biblioteca Brasileira de Mangás) que vai publicar por aqui três mangás criados com personagens da DC. Para mim, o mais interessante é aquele em que o Batman vira um bebê (!) e quem tem de tomar conta dele é o Coringa (!!). Abaixo, as sinopses.

One Operation Joker“, de Satoshi Miyakawa e Keisuke Gotou
“Após um acidente inesperado, Batman acaba sendo transformado em um bebê. Coringa agora não tem o seu maior inimigo e… precisará cuidar desse bebe Batman, pois ele (Batman) é indispensável para ser seu rival.”

Superman vs Meshi“, de Satoshi Miyakawa e Kai Kitagou
“Até os super-heróis ficam com fome!!! Superman obtém seus prazeres diários por meio de deliciosas comidas…. japonesas. Quando ele ouve seu estômago roncar, ele vai até um beco e voa para um restaurante japonês. Desde aquecer Kamameshi com sua visão de calor, até formar uma Liga da Justiça com os ingredientes do Tendon, a hora do almoço do Superman sempre é ótima!”

Batman Justice Buster“, de Eiichi Shimizu e Tomohiro Shimoguchi
“Já se passaram três anos desde que Bruce Wayne decidiu vestir a fantasia de Batman para combater o crime desenfreado de Gotham. Mas com o tempo, seus inimigos foram evoluindo e uma nova criminalidade surgiu na cidade. Diante dessas ameaças sem precedentes, Batman precisará mais do que nunca de Robin, a inteligência artificial que criou para auxiliá-lo. Mas outros aliados improváveis ​​querem oferecer sua ajuda, como um herói de Metrópolis, ou mesmo um homem com máscara de palhaço…”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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