Há apenas dois anos, a coreana Keum Suk Gendry-kim estreou no Brasil com o ótimo “Grama”, um petardo sobre a invasão japonesa à Coreia, escravidão sexual e Humanidade. Trabalho fino, com um roteiro forte, mas sensível. De lá para cá, vieram mais duas obras, tão boas quanto: “A Espera” e “Jun”. E uma nova obra sua entra em pré-venda neste final de semana: “Cães” (editora Pipoca & Nanquim, tradução de Yun Jung Im), um relato autobiográfico a partir de… bom, a partir da convivência com animais, como a capa e o título indicam.

Ainda não li a obra, mas Keum Suk Gendry-Kim é, para mim, um dos grandes nomes dos quadrinhos contemporâneos que chegou ao Brasil no período pandêmico, ao lado do espanhol Paco Roca, da neozelandesa Rachel Smythe e do norte-americano Nick Drnaso. Certamente estou esquecendo alguns nomes, mas não importa o tamanho da lista: Keum Suk Gendry-Kim: estará nela.

Abaixo, a sinopse da editora:

“Baseada nas próprias experiências da autora, que jamais considerara ter algum animal de estimação até ser convencida por seu companheiro a adotar um cachorrinho, Cães é um relato emocionante e honesto sobre como a convivência com pets e a descoberta do amor incondicional que eles sentem por seus donos modifica o coração dos seres humanos, auxiliando-os de forma quase inadvertida a tornarem-se pessoas mais sensíveis. Keum Suk também dá contornos mais profundos à história, denunciando maus tratos a animais de estimação na Coreia do Sul (sem jamais apelar para exposições gráficas de animais em sofrimento), por parte de pessoas que abusam da vulnerabilidade dos cães, e confrontando um polêmico aspecto cultural de seu país: a prática aberrante de comer cachorros.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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