O inteligente e sensível “Isolamento“, de foi uma das recentes HQs nacionais que mais mexeu comigo. A partir de um tema contemporâneo – o confinamento causado por conta da pandemia de Covid-19 -, Helô D’Angelo criou uma obra que mistura observação com reflexão, críticas sociais com empatia. É uma autora que vale a pena ser acompanhada, e por isso fiquei feliz ao ver que está lançando dois livros em um pequeno espaço de tempo.
O primeiro, “Pequeno Manual de Defesa Pessoal“, foi criado a partir de uma oficina do Piranhas Team, escola de artes marciais que atua em São Paulo e no Rio e ensina defesa pessoal para mulheres e LGBTQIAP+.
O segundo, que acaba de entrar em pré-lançamento, é uma HQ autobiográfica sobre a relação dela com seu corpo e com o padrão de beleza – um tema que muito me interessa: “Nos Olhos de Quem Vê“. Helô D’Angelo já tem publicado trechos dele em suas contas no Instagram e no Twitter.
Abaixo, o resumo da editora:
“Pequeno Manual de Defesa Pessoal” – Como trabalhar a autodefesa e priorizar nossa segurança quando somos treinadas desde a infância a aceitar uma série de violências cotidianas? Durante a pandemia, a quadrinista Helô D’Angelo desenvolveu muito medo de andar na rua sozinha. Então, decidiu fazer a oficina de defesa pessoal focada na população LGBTQIAP+ e em mulheres com o professor Gabriel Guarino, organizada pelo Piranhas Team e o Shàoshèng Centro de Cultura Oriental.”
“Nos Olhos de Quem Vê” – Quem nunca teve problemas com autoimagem, ou com autoaceitação, ou com autoestima? Quem nunca se comparou a padrões irreais (para não dizer malucos) de beleza e de comportamento e sofreu tentando se adequar a eles, apelando para métodos no mínimo duvidosos? E a troco de quê? Foi com isso em mente que a quadrinista e finalista do CCXP Awards Helô D’Angelo escreveu este livro, compartilhando experiências pessoais com as quais é impossível não se identificar.Com um sagaz toque de humor, muita ironia e ilustrações que são um espetáculo à parte, Helô nos leva do riso às lágrimas, convidando-nos a enfim olharmos para dentro e nos amarmos sem o peso do olhar do outro.