Há muitos anos, fui aos EUA a trabalho. Parada obrigatória: uma loja de quadrinhos, claro. E, entre os lançamentos, estava uma edição encadernada de “Stray Toasters”, de Bill Sienkiewicz, inédita aqui no Brasil.

Fiz algo raro: comprei dois exemplares de uma vez. Um, para mim; o outro, de presente. Eu não havia lido a obra, mas era uma obra autoral de Bill Sienkiewicz… Não tinha como errar.

Felizmente, não errei. “Stray Toasters” não é só autoral: é experimental. Aquela arte única de Sienkewicz se mistura a um enredo surpreendente. Como definiu seu tradutor brasileiro, Mario Luiz C. Barroso, trata-se de “mais de 200 insanas páginas autorais de Bill Sienkewicz narrando uma trama investigativa que envolve assassinatos seriais, com um personagem mais louco que o outro“.

Quando eu estava pensando neste post, pensei em pegar meu exemplar e o reler para fazer uma sinopse, mas o resumo do Barroso foi direto ao ponto – e bem mais divertido do que eu teria sido capaz de elaborar.

Enfim, a Conrad anunciou “Stray Toasters” no Brasil. Uma boa oportunidade de ver um artista com amplo domínio da arte sequencial se soltando para narrar uma boa história, sem se ater a limites como cânone ou convenções do gênero.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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