Há muitos anos, fui aos EUA a trabalho. Parada obrigatória: uma loja de quadrinhos, claro. E, entre os lançamentos, estava uma edição encadernada de “Stray Toasters”, de Bill Sienkiewicz, inédita aqui no Brasil.
Fiz algo raro: comprei dois exemplares de uma vez. Um, para mim; o outro, de presente. Eu não havia lido a obra, mas era uma obra autoral de Bill Sienkiewicz… Não tinha como errar.
Felizmente, não errei. “Stray Toasters” não é só autoral: é experimental. Aquela arte única de Sienkewicz se mistura a um enredo surpreendente. Como definiu seu tradutor brasileiro, Mario Luiz C. Barroso, trata-se de “mais de 200 insanas páginas autorais de Bill Sienkewicz narrando uma trama investigativa que envolve assassinatos seriais, com um personagem mais louco que o outro“.
Quando eu estava pensando neste post, pensei em pegar meu exemplar e o reler para fazer uma sinopse, mas o resumo do Barroso foi direto ao ponto – e bem mais divertido do que eu teria sido capaz de elaborar.
Enfim, a Conrad anunciou “Stray Toasters” no Brasil. Uma boa oportunidade de ver um artista com amplo domínio da arte sequencial se soltando para narrar uma boa história, sem se ater a limites como cânone ou convenções do gênero.