Os brasileiros Fido Nesti e Mike Deodato Jr. foram premiados na edição deste ano do Eisner Awards, o Oscar dos quadrinhos brasileiros. A notícia é de sexta à noite e merece ser dada aqui com atraso porque é um tremendo feito.

Fido Nesti ganhou na categoria melhor adaptação de outra mídia por uma obra de peso: a quadrinização de “1984“, a clássica distopia de George Orwell (e um dos meus livros favotios). Abaixo, é ele recebendo o prêmio.

Mike Deodato Jr. venceu na categoria de melhor publicação de humor por “Nem Todo Robô“, ilustrado por ele e escrito por Mark Russell. A HQ saiu no Brasil pela editora Comix Zone. A ilustração abaixo é seu bem-humorado agradecimento.

Antes de continuarmos este texto, parabéns a ambos. É um grande acontecimento!

O Eisner Awards é bem segmentado, são categorias muito específicas. Destaco aqui algumas poucas obras que também foram premiadas e vale ficar de olho:

  • Monstros“, de Barry Windsor-Smith, drama/terror psicológico que já está em pré-venda pela Todavia (melhor escritor/artista e melhor letreiramento);
  • “Wonder Woman Historia: The Amazons”, de Kelly Sue DeConnick e Phil Jimenez, um novo olhar sobre a mitologia da Mulher-Maravilha retratado com a arte incrível de Jimenez (melhor edição única e melhor arte);
  • Lore Olympus – Histórias do Olimpo“, de Rachel Smythe, comédia romântica lançada aqui pela editora Suma (melhor webcomic).

Além dos prêmios relacionados ao ano passado, seis artistas ou editores foram selecionados ao Hall da Fama, um prêmio pelo conjunto da obra: Max Gaines, Mark Gruenwald, Marie Duval, Rose O’Neill, Alex Niño e P. Craig Russell.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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