Estamos aproveitando esta semana para celebrar ps 80 anos de Vossa Majestada, rei Orin da Atlântida: Aquaman!

Este personagem, por vezes alvo de chacotas por aparentemente ser simplório (“que ladrão de bancos vai ter medo de um cara que só consegue falar com peixes?”), é mais profundo do que parece. E ao redor dele, nessas oito décadas, foi criada uma mitologia e tanto.

Hoje, separei oito versões completamente diferentes do Aquaman:

1966 – Sereia

O vasto multiverso da DC Comics (você verá outros exemplos dele logo abaixo) criou, nos anos 60, uma dimensão para histórias de humor inspiradas em seus principais heróis. Por exemplo: o Superman virou o Senhor Poderoso.

Já o Aquaman ganhou uma versão feminina: a Sereia, que usa o mesmo uniforme do personagem que ela homenageia (acima, à direita da imagem).

1983 – Aquapato

A DC Comics criou, no início dos anos 80, uma série de humor em que seus principais personagens apareciam com formas de animais humanizados. E um deles é ninguém menos do que o maior heróis dos oceanos: o Aquapato (Aquaduck, no original).

2002 – Aquaman de Stan Lee

Em um movimento bem original, a DC convidou, no início deste século, Stan Lee para recriar seus personagens mais icônicos. E daí surge uma nova versão do Aquaman: Ramon Raymond não só não é atlante como tem poderes completamente diferentes… Ele pode transformar seu corpo em água – ou seja, é literalmente um Aquaman!

2005 – Barracuda

O enorme multiverso da DC tem direito a uma dimensão onde os personagens que normalmente são heróis viram vilões, e vice-versa.
Em uma certa dimensão, não há a Liga da Justiça, mas o Sindicato do Crime – e um dos seus membros é o perigoso atlante Barracuda.

2006 – Profundo

A HQ de muita ação (e humor duvidoso) “The Boys” criou uma paródia bem ferina da Liga da Justiça, e o Aquaman foi representado pelo inútil, presunçoso, estúpido e aquático Profundo.

A HQ virou uma série televisiva (melhor que a original, aliás), em que o ator Chace Crawford cria um Profundo amavelmente detestável ou detestavelmente amável, você escolhe.

2008 – Aquawoman

O grande amor da vida do Aquaman – e hoje, sua mulher- é a Rainha Mera, oriunda de outra dimensão. Em algumas histórias, ela é chamada de Aquawoman – mas não é dela que falaremos aqui, pois estamos falando apenas de versões do Aquaman.

O enorme multiverso da DC – acho que você já leu isso por aqui hoje – tem algumas dimensões de “gêneros invertidos”. Por exemplo, Batman/Bruce Wayne vira Batwoman/Bryce Wayne. E o Aquaman/Arthur Curry vira… Anna Curry, a Aquawoman.

2013 – Aquamandril

A série de animação DC Nation Shorts‎, voltado para o público infantil, nos trouxe a inusitada Liga da Justiça dos Animais, em que os maiores heróis da editora aparecem misturados a animais.
Surge, assim, este macaco que mora no fundo do oceano: Aquamandril da Macacatlântida (tradução livre para Aquamandrill of Apelantis).

Futuro – os sucessores


Em algum momento, Rei Orin vai passar o manto de Aquaman adiante. Mas para quem? Como a DC tem vários possíveis futuros, é difícil dizer. Algumas histórias apresentam propostas interessantes:

  • Em “O Reino do Amanhã”, Garth, o primeiro Aqualad, assume o manto de Aquaman;
  • Na linha temporal “Future State”, o cargo de Aquaman fica com Jackson Hyde, que também foi um Aqualad – curiosamente, ele é filho do Arraia Negra, um dos maiores inimigos do herói;
  • Na divertida animação Young Justice‎, o manto de Aquaman fica com o ex-Aqualad Kaldur’ahm, uma versão um pouco diferente do já citado Jackson Hyde (também é filho do Arraia Negra, mas suas histórias são diferentes).
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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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