O Quarteto Fantástico vai finalmente estrear no Universo Cinematográfico Marvel. O filme está programado para 2023 e será dirigido por Jon Watts (que fez os dois longas do Homem-Aranha para o MCU).

Aproveitei a minha coluna semanal da TV Cultura para apresentar quatro (não poderia ser outro número) arcos do Quarteto nos quadrinhos que poderiam servir de base para o filme.

E como o Quarteto já teve quatro (não poderia ser outro número) filmes, e todos com péssima fama, aproveito para fazer uma pequena reflexão aqui: esses longas são mesmo tão ruins?

Aproveitando: há alguns meses, participei de uma edição do divertido podcast Cinema de Segunda para discutir as piores adaptações da Marvel – é só clicar aqui para ouvir.

Sobre os filmes:

1994 – “O Quarteto Fantástico“, de Oley Sassone
Antes de tudo, é importante dizer: este filme não foi lançado. Problemas jurídicos com problemas autorais, confusões no estúdio etc. Mas o grande problema me parece ser a falta de orçamento. É tão pouco dinheiro que parece que foi um TCC de alguém que estava se formando na faculdade de Cinema. Vale a pena ser visto? Só como curiosidade. Como é um filme sobre origem, eu prefiro usar meu tempo relendo as primeiras histórias deles nos quadrinhos, cortesia da dupla Stan Lee e Jack Kirby.

2005 – “Quarteto Fantástico“, de Tim Story
Outra história de origem, mas com orçamento. E isso faz toda a diferença. Lançado três anos antes do início do MCU, este filme tem outra pegada: não tem interligações entre si e não se propõe a algo mais profundo. É um filme-pipoca, com cenas de ação e humor. Quando vi no cinema, me diverti. Mas depois que vieram os longas do MCU, dá para ver que poderia ser muito melhor.

2007 – “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado“, de Tim Story
Continuação do filme de dois anos antes, teve a ousadia de levar par a tela dois conceitos bem difíceis: Galactus e o Surfista Prateado. Uma vez mais, um filme-pipoca descompromissado. Vi com meu irmão no cinema, e nos divertimos. Mas, de novo, rever este filme do MCU te faz pensar: puxa, era meio mais ou menos…

2015 – “Quarteto Fantástico“, de Josh Trank
O primeiro longa do Quarteto a se levar a sério. “Realismo”, “profundidade”. É difícil acertar este tom nos filmes de super-heróis, certo? Tem melhores atuações e efeitos especiais do que seus predecessores, mas é o que menos gosto. Pode servir de reflexão para o que o Jon Watts vai fazer daqui a dois anos: vale a pena querar tornar sombria e militarizada a história de jovens que, por acaso, ganham enormes poderes?

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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