Em 1987, a DC Comics relançou a revista da Liga da Justiça a partir do primeiro número. Para esta empreitada, chamou dois ótimos roteiristas, J.M. DeMatteis e Keith Giffen, além de um ilustrador muito talentoso, mas ainda em início de carreira: Kevin Maguire.

Quando o primeiro número foi lançado, Maguire espremeu na capa os nove protagonistas. A imagem (a que abre este texto) virou icônica: houve, literalmente, dezenas de recriações dela nos anos seguintes, inclusive pelo próprio Maguire (logo abaixo).

E eis que chegou a pandemia de Covid-19. Negacionistas de um lado,
Ciência do outro; desinformação e fake news de um lado, jornalismo do outro. E a Arte, de muitas maneiras, abordando este momento terrível.

Maguire, que não costuma se posicionar em suas redes sociais, publicou há alguns meses a imagem que reproduzo abaixo em seu Instagram. Para mim, e para quem tem a referência da imagem original, é uma bela representação do que está sendo esta terrível fase pandêmica.

Uma arte como essa não precisa de descrição, claro. Mas gosto como ele explica, didaticamente, a importância do uso de máscaras e do distanciamento social.

A pandemia não vai acabar tão cedo. Cuide-se!

ps – Em 1997, a ótima coleção “Modern Masters”, dedicada a quadrinistas, dedicou uma edição a Maguire. Ele mesmo fez a capa: uma recriação da icônica arte de 20 anos anos, com o próprio artista no meio, sendo abraçado por duas de suas personagens favoritas: de azul, a Gelo, cocriada por ele (com DeMatteis e Giffen); de cabelo verde, a brasileira Fogo.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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