A Liga da Justiça surgiu em 1960. Tratava-se de um investimento pesado de sua editora, a DC Comics: reunir todos seus grandes super-heróis em uma revista só. Lá estavam Superman, Mulher-Maravilha, Batman, Flash, Lanterna Verde (Hal Jordan)…

Corta para os anos 80. Os escritores Keith Giffen e J.M. DeMatteis recebem o título mensal da Liga da Justiça, mas com algumas ressalvas: sem Superman, Mulher-Maravilha, Flash, Hal Jordan… Só o Batman e alguns coadjuvantes.

O resultado foi um sucesso. Giffen e DeMatteis deram um foco próprio para a revista: ela deixou de ser uma série de super-heróis com um pouco de humor para virar uma série cômica estrelada por super-heróis. Isso se deu, claro, graças à qualidade de seus roteiros… e a uma bela escolha de personagens.

Os “coadjuvantes” selecionados para a Liga da Justiça acabaram crescendo. Ganharam profundidade e destaque. Dois deles poderiam ser chamados de protagonistas dessa fase: o Besouro Azul e o Gladiador Dourado.

A hilária dupla fez tanto sucesso que a DC cogitou lançar uma revista mensal só deles, lá no final dos anos 80, início dos anos 90. Também circulou em Hollywood a ideia de um filme estrelado por eles – o que, hoje em dia, não quer dizer muita coisa, há projetos audiovisuais com trocentos personagens oriundos dos quadrinhos.

Algumas décadas depois, a hora deles finalmente chegou! A CBR noticiou, na semana passada, que a DC vai lançar uma minissérie estrelada pelos carismáticos Besouro Azul e Gladiador Dourado: “Blue and Gold” (“Azul e Dourado”, em tradução livre).

Com Dan Jurgens nos roteiros e Ryan Sook ilustrando, “Blue and Gold” será lançada em janeiro. Serão oito edições de, espero, humor, simpatia e amizade, com uma pitadinha de aventura, que ninguém é de ferro.

Teria sido bem mais bacana se tivesse sido décadas atrás, quando eles estavam no auge da fama. Eu também ficaria mais feliz se fosse uma revista mensal, e não apenas uma minissérie. Mas não é hora de reclamar, né? Para fãs, como eu, essa é uma bela notícia: seja bem-vinda, “Blue and Gold”!

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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