Quando os amigos dos meus pais e meus parentes mais velhos percebiam que eu lia quadrinhos sempre que respirava, havia algumas reações em comum. A maioria me estimulava – afinal, ler só faz bem. Outros eram nostálgicos e citavam Bolinha, Luluzinha, Príncipe Valente… E havia uma palavra mágica que volta e meia aparecia: “Pasquim”.
Eu não tinha idade para entender a revolução que o “Pasquim” propiciou na imprensa brasileira, nem a maneira ousada e divertida como fizeram oposição à ditadura. Também conhecia pouquíssimo de seus principais autores: Jaguar, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, Millôr, Miguel Paiva, Claudius, Fortuna e tantos outros.
Conforme fui crescendo e estudando mais sobre HQs, História e Política, mais fui tendo contato com o “Pasquim” – inclusive, recomendo os documentários “O Pasquim – A Subversão do Humor” e “Tá Rindo de quê?”. Se você não está familiarizado com este termo, assistir a um destes filmes vai ajudar a valorizar esse baita momento da imprensa e do humor brasileiros.
Tudo isso para dizer que meu pai me avisou recentemente que a Biblioteca Nacional disponibilizou, online e de graça, todas as edições de “O Pasquim” – página após página, desenho após desenho, bebedeira após bebedeira… Enfim, para desfrutar, é só clicar aqui.
Parabéns
Obrigado 🙂
Incrível como Existe tanta sólidariedade!!