Jiro Taniguchi (1947-2017) foi um dos grandes nomes dos mangás. Ótimo ilustrador, dono de um traço elegante e limpo, ótimo roteirista – embora nem sempre seja ele quem escrevia suas histórias.

O Brasil descobriu Taniguchi recentemente. Nos últimos dois anos, tivemos “As Crônicas da Era do Gelo”, “Zoo no Inverno” e “O Gourmet Solitário”, por exemplo. E vem mais por aí.

A editora Pipoca & Nanquim anunciou duas obras de Taniguchi inéditas por aqui. A princípio, saem em julho: “A Valise do Professor” (adaptação do romance de Hiromi Kawakami) e a coletânea “Tokyo Killers”.

Ainda não li nenhum deles (repare no “ainda”, sou fã de Taniguchi, mas não leio em japonês). Então, vou pegar aqui as sinopses que vi na Biblioteca Brasileira de Mangás:

“A Valise do Professor”: “Tsukiko, trinta e oito anos, trabalha em um escritório e mora sozinha. Uma noite, ela encontra um de seus ex-professores do ensino médio, “Sensei”, em um bar local. Tsukiko só o chama de “Sensei” (“Professor”). Ele é trinta anos mais velho que ela, aposentado e, presumivelmente, viúvo. O relacionamento deles se desenvolve, enquanto comem e bebem sozinhos no bar, de um agradável senso de companheirismo para um caso de amor profundamente sentimental. À medida que Tsukiko e Sensei se conhecem e se amam, o tempo passa através das estações e dos alimentos e bebidas que consomem juntos. Do saquê quente à cerveja gelada, dos botões nas árvores ao desabrochar das cerejeiras, o leitor é envolvido por um sentimento aguçado de pathos e a aguda solidão de ambos os personagens.

“Tokyo Killers”: “Este trabalho é uma coleção de cinco histórias curtas. Os protagonistas de Tokyo Killers são assassinos, criminosos, homens com um passado doloroso. É, portanto, o tema da morte, da violência e do crime, inserido numa realidade fria e cínica, envolta numa pátina leve mas opressiva de melancolia e desespero. O único personagem presente em mais de uma história é um assassino profissional, que encontramos na segunda e na quarta histórias.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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