“Nós vamos detonar a Disney!”

Foi assim que os artistas do estúdio africano Kugali se apresentaram para a BBC, em entrevista publicada no ano passado – na verdade, essa é uma tradução suave para a expressão original, “going to kick Disney’s ass”.

Em dezembro, a Disney anunciou um montão de novos projetos para os próximos três anos. Entre tantas novidades, curti muito essa: “Iwájú”, a primeira coprodução entre o Kugali e a companhia que eles iam detonar, a Disney. 🙂

A única imagem já divulgada de “Iwájú” é a que abre este texto. As duas próximas são, respectivamente, das HQs “Taboo” e “Nani”, ambas do Kugali.

Diretora de criação dos estúdios Disney, Jennifer Lee disse ao “Deadline” que o que fez com que ela fosse atrás do Kugali foi justamente essa reportagem da BBC.

“Aqui estavam três talentosos quadrinistas”, contou Jennifer Lee ao “Deadline”. “O sonho deles era levar ao mundo histórias africanas criadas por artistas africanos, destacando a diversidade de culturas, histórias e vozes em todo o continente. Fomos surpreendidos por seus talentos como contadores de histórias.”

Falo sobre o Kugali em minha coluna semanal na TV Cultura. Se quiser ver onde a Jennifer Lee descobriu o talento dos quadrinistas como narradores, o Kugali disponibiliza gratuitamente as HQs criados por eles – infelizmente, em inglês.

Sei que também está em inglês, mas logo abaixo reproduzo a reportagem da BBC de onde tirei o título deste texto – e onde a Jennifer Lee ouviu falar deles pela primeira vez.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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