Começa hoje o DC FanDome, a convenção da DC Comics em que a editora apresenta suas grandes novidades para quadrinhos, cinema, games, TV…
Estou na pegada de acompanhar – afinal, sou muito fã da DC Comics e sua mitologia. Por isso, ontem eu destaquei aqui cinco grandes momentos da editora. Na quinta, fiz um ranking com seus melhores filmes. E hoje…
Hoje é dia da Sábado Sessão Saudade, em que sugiro três quadrinhos bons e antigos. Como a DC tem três personagens gigantescos, escolhi uma HQ para cada: Superman, Batman e Mulher-Maravilha.
“Superman – O Homem de Aço”, de John Byrne
Recentemente, o roteirista e ilustrador Howard Chaykin falou mal do Superman: “ele tem o poder de conquistar o mundo, é ridículo achar que ajudaria alguém”. Na verdade, suas palavras foram um pouco mais grossas…
A minissérie “O Homem de Aço” é uma história de origem. Byrne, ótimo tanto como roteirista quanto como desenhista, narra uma aventura bonita que passa pelos últimos dias de Krypton, com Kal-El saindo do planeta de foguete; a infância de Clark Kent; e seus primeiros dias como Supeman.
O diferencial da história é o que explica aquilo que Chaykin diz não entender: a humanidade do herói mais poderoso da DC. Foi a educação que Jonathan e Martha, seus pais humanos, deram que fez com que o lado “man” (“homem”) pesasse mais que o “super” ao moldar o caráter do Superman.
Esqueça os poderes. Herói é aquela pessoa empática e que se preocupa primeiro com os outros e depois consigo mesmo, certo? “O Homem de Aço” narra como isso aconteceu.
“Mulher-Maravilha”, de George Pérez
William Moulton Marston e Harry G. Peter não pouparam criatividade quando criaram a Mulher-Maravilha. Nos seis anos em que trabalharam com a heroína, construíram uma mitologia rica, com direito a deuses gregos, ilha habitada apenas por mulheres, avião invisível, tecnologia tão avançada que parecia do século 25, planetas microscópicos, outras dimensões etc.
Décadas depois, tudo estava confuso. A heroína havia perdido os poderes (e recuperado), a sua ilha natal havia ido para outra dimensão (e voltado), a sua mãe havia morrido (e ressuscitado)…
Entra em cena George Pérez. Assim como John Byrne, citado acima, ótimo tanto como roteirista quanto como desenhista. E o que ele fez? Contou a origem da Mulher-Maravilha a partir do zero.
Pérez não resumiu tudo a uma minissérie, pois não narraria apenas a origem ou uma fase específica. Foram anos à frente do título mensal da amazona, com tempos e páginas para explorar muitos aspectos da sua mitologia: afinal, é uma pacifista ou uma guerreira? Qual a sua relação com os deuses gregos? Por que as amazonas não saem da sua ilha? E quem são esses vilões e a atormentam – Ares, Mulher-Leopardo, Cisne de Prata, Circe?
Como a fase do Pérez com a Mulher-Maravilha é enorme, indico apenas o volume inicial, com as primeiras histórias. A série foi relançada recentemente no Brasil. Se você gostar, é fácil seguir adiante.
“Asilo Arkham – Uma Séria Casa em um Sério Mundo”, de Grant Morrison e Dave McKean
Batman é um dos maiores personagens da DC e é fácil encontrar boas histórias com ele. Dá para fazer um top 20 de suas melhores HQs sem piscar – difícil seria selecionar apenas as cinco mais marcantes.
Dito isso, escolhi, dentre tantas opções, uma ótima graphic novel. O Coringa toma conta do Asilo Arkham, liberta todos os vilões e exige a presença do Batman. Poderia ser “só” um grande suspense, mas o roteiro de Grant Morrison e a arte maravilhosa de Dave McKean transformam tudo em superlativo.
Adorei seu conteúdo Parabéns, bem completo e dinâmico.
Era exatamente o que eu estava buscando na internet e
todas as minhas dúvidas foram tiradas aqui. Muito sucesso e
gratidão!
Muito obrigado! 🙂