É triste quando você começa a pesquisar os filmes inspirados em sua editora favorita e percebe que seria mais fácil fazer um ranking com os dez piores em vez de um com os cinco melhores.

Não sei o que acontece com os filmes criados a partir da mitologia da DC Comics. Parece um plano do Lex Luthor para desacreditar a editora: um Superman que mata sem remorso! Um Batman burro! Uma Mulher-Gato que só tem o nome da original!

Mas este é um blog para cima. Em vez de ficarmos remoendo essas tranqueiras, vamos focar no que houve de bom…

(Como sempre, esta é uma lista pessoal e subjetiva… Não tem certo nem errado por aqui!)

5 – “Shazam!”, de David F. Sandberg

Disponível em HBO GO, Apple TV e Microsoft Store

É uma ideia simples e inocente: uma pessoa fala uma palavra mágica e vira um super-herói… Melhor ainda se a tal pessoa for uma criança!

O personagem (que começou como Capitão Marvel e hoje é o Shazam – entenda aqui o que rolou) encantou multidões quando foi lançado, no início dos anos 40. Apesar da fama, ficou um tempo sem ser publicado devido a chatos problemas judiciais.

Mas agora ele não só voltou como está no auge da sua popularidade, graças a esse filme: muita ação, humor e o carismático Zachary Levi no papel principal.

4 – “Mulher-Maravilha”, de Patty Jenkins

Disponível em Netflix, Telecine, Looke, Apple TV e Microsoft Store

Como cresci lendo quadrinhos, sempre achei que a maior super-heroína de todos os tempos não precisa de apresentações. Depois do sucesso que foi o longa “Mulher-Maravilha”, tenho certeza.

Patty Jenkins levou às telas um roteiro divertido e bem filmado, com cenas visualmente bem bonitas de aventura e humor.

A mitologia em torno da Mulher-Maravilha é enorme: seus principais artistas foram tremendamente criativos. Torço para que a sequência deste filme (prevista para este ano) seja um sucesso e muitos outros longas com ela sejam criados. Afinal, há tantas personagens do seu entorno que ainda não foram para o cinema: a Moça-Maravilha, a Bebê-Maravilha (!), o Senhor Monstro (?!), a gosma humanizada chamada Glop (?!?)…

3 – A trilogia do Batman por Christopher Nolan

Disponível em Netflix, Google Play, Looke, Apple TV e Microsoft Store

Tenso, inteligente, com reviravoltas e o britânico Christian Bale brilhando tanto como Batman como com Bruce Wayne. De qual dos três filmes de Christopher Nolan estou falando? De todos.

“Batman Begins” (de 2005), “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (2008) e “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012) são, cada um deles, cinema de primeira. Para ver e rever.

2 – “Coringa”, de Todd Phillips

Disponível em HBO GO, Looke, Apple TV e Microsoft Store

Não, o Batman não aparece. E daí? O “Coringa” de Todd Phillips é simplesmente incrível. Um drama humano, em que a Gotham City suja, corrupta e cínica é uma bela representação da nossa sociedade.

“Coringa” foi premiado como o melhor filme do Festival de Veneza do ano passado. Como se fosse pouco, ainda levou dois Oscar: melhor trilha sonora e melhor ator, para a impactante atuação de Joaquin Phoenix no papel-título.

1 – “Superman – O Filme”, de Richard Donner

Disponível em NetMovies, Google Play, Looke, Apple TV e Microsoft Store

Icônico, emocionante, humano: o primeiro grande filme de super-heróis – para mim, até hoje, o maior. Pode escolher o que elogiar: o roteiro do Mario Puzo (de “O Poderoso Chefão”); Marlon Brando como Jor-El, o pai biológico do herói; a trilha sonora inesquecível de John Williams…

E, claro, Christopher Reeve como o bobão Clark Kent e o maravilhoso Superman.

O primeiro super-herói dos quadrinhos merecia uma representação icônica como a de Reeve!

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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