
A Patrulha do Destino (Doom Patrol, no original) sempre me soou parecida com o que aconteceria se os roteiristas dos X-Men, da Marvel, resolvessem destruir todas as convenções possíveis do universo dos super-heróis. A divertidíssima série da HBO, que durou apenas quatro temporadas, levou isso a sério e ampliou a popularidade dos personagens – tanto que a fase de Grant Morrison (de 1989 a 93) com eles já está na segunda republicação aqui no Brasil desde a estreia da série.
Poucos personagens das HQs de super-heróis foram tão disruptivos quanto a Patrulha do Destino. Seus roteiristas parecem poder tudo – e se aproveitarem disso. Foi assim especialmente com Morrison, mas também com Rachel Pollock (de 1993 a 95), que assumiu o título com a saída du Morrison, e com o Gerard Way, bem mais recentemente (de 2016 a 2020). Só tem um problema para nós, leitores brasileiros: a fase da aclamada Rachel Pollock é inédita por aqui.

…inédita, ao menos por enquanto. A Panini lançou, no final do mês passado, o primeiro volume de “Patrulha do Destino por Rachel Pollack – Edição de Luxo“, com 256 páginas e as dez primeiras fases desta tão inventiva série. Abaixo, a sinopse da editora:
“Quando Rachel Pollack assume a Patrulha do Destino, rapidamente dá sua cara ao título: mantém o espírito excêntrico da equipe, enquanto traça novas direções para os personagens e aborda questões sociais, mantendo a falta de convencionalidade da série. Aqui, no primeiro volume das histórias de Pollack à frente da Patrulha do Destino, a equipe precisa se recompor mais uma vez enquanto se muda uma nova sede bizarra, ganha dois novos membros e tenta lidar com a ameaça pré-adolescente conhecida como Garotas Selvagens!”
