Há três anos, a DC Comics lançou uma antologia do Batman com uma proposta bem interessante: artistas de 14 países criaram histórias diferentes do Batman ambientadas em suas realidades – “Batman: The World” (“Batman: O Mundo“, imagem ao final deste texto). O Brasil foi representado por Carlos Estefan (roteiro e letras), Pedro Mauro (desenho e arte-final) e Fabi Marques (cores), que apresentaram a história “Where are the Heroes?”, ambientada em São Paulo.

Agora, será a vez de o Coringa ganhar diferentes interpretações, com a antologia “Joker: The World”, prevista para setembro. E uma novidade interessante na escalação dos artistas: a DC fez parceria com o estúdio Zebra Comics, de Camarões. Os artistas camaronenses serão Ejob Gaius (roteiro) e Bertrand Mbozo’o Zeh (ilustrações) participarão com a história “Black Therapy” (imagem que abre este texto).

Acho muito bacana esta oportunidade, não só para eles, mas para todos os participantes, de acrescentarem seus contextos históricos, culturais e pessoais a personagens icônicos como os da mitologia de Batman, Coringa e demais gothamitas. Ainda temos poucas imagens desta história (a que abre este texto é uma – e, sim, aparentemente é o próprio Coringa), ou de qualquer outra da antologia – mas a capa foi disponibilizada (acima). Abaixo, a descrição da Zebra Comics.

“Ambientada no rico cenário de Camarões, no coração da África Central, a história “Black Therapy” marca um momento histórico nos quadrinhos: pela primeira vez, o Coringa será reimaginado em uma história original, adaptada a um público local, desenvolvida por uma equipe criativa totalmente africana e inserida na vibrante tapeçaria do continente africano.
‘Black Therapy’ promete oferecer uma narrativa envolvente que explora as maquinações sinistras do Coringa dentro do contexto único de Camarões, oferecendo aos leitores uma nova e estimulante perspectiva do personagem icônico.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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