Ano Novo, vida nova e hábitos velhos… mas bons! Continuo procurando quadrinhos no Catarse, especialmente de artistas brasileiros – para que, de alguma maneira, eu possa prestigiá-los.

Separei os quadrinhos abaixo na minha última ronda. Alguns artistas eu conheço, outros não, mas os projetos me pareceram interessante. As descrições são dos próprios autores (ou editoras):

Cartu Vip“, de Cecilia Ramos

Lobisomem Integral“, de Rodval Matias

No decorrer da década de 1980, o editor Rodolfo Zalla fez história nos quadrinhos brasileiros ao publicar as revistas Calafrio e Mestres do Terror, que reuniam a maioria dos grandes artistas de várias gerações em atividade.
Entre eles, estava a dupla Rodval Matias (desenhos) e Gedeone Malagola (roteiros), que trouxe de volta as apavorantes histórias do Lobisomem, que Malagola tinha reinventado nas duas décadas anteriores nos traços de Sérgio Lima e Nico Rosso. Pouco depois, ele se afastou e Rodval assumiu sozinho a produção.
Dono de um traço precioso que fez dele um dos maiores artistas de quadrinhos do mundo, mestre da arte-final com pincel, Rodval deu à clássica criatura medieval uma nova roupagem, mais selvagem e extremamente violenta, em histórias com ambientação noir absolutamente sombrias e fascinantes.
Agora, pela primeira vez, todos os nove episódios e uma história extra produzidos em dupla ou solo, publicados na Mestres do Terror, foram reunidos neste belíssimo volume com tiragem limitada e exemplares assinados por Rodval para os 100 primeiros apoiadores.”

Nem um dia de Sossego“, de Gilmar

Nem um dia de sossego…
…É o que podemos dizer para quem acompanha diariamente as aberrações políticas e comportamentais, não só no Brasil mas também no mundo. Costumo dizer que não damos conta. Nesta edição, a intenção é de publicar charges produzidas durante o ano de 2023 e proponho um novo formato, um pouco diferente do que fizemos na coleção #BrasilEmCharges.
Nesta, por exemplo, pretendo aplicar legendas para uma melhor compreensão dos fatos pontuais do ano, fatos tão bizarros que não acabam nunca e desafiam a nossa compreensão, mesmo sem o inelegível, os fatos continuam terríveis e, claro há de se registrar que o bolsonarismo e a extrema direita continuam vivos como nunca, não só no Brasil mas no mundo todo.”

Vida Besta“, de Galvão Bertazzi

“Muita coisa que produzo e que faço fica às escondidas. Eu gostaria de mostrar pra vocês! Mas tô ficando velho, sabe?! Nascido em 1977, atingi em novembro de 2023 a estratosférica idade de 46 anos. Cá entre nós…estou me cansando de ficar dando meu trabalho, quase que diariamente sem nenhum retorno. Quero dizer… claro que as curtidas, os likes, os compartilhamentos, os cumprimentos e até as pedradas são recompensas maravilhosas por estar tanto tempo publicando on line. Mas deixa eu ser bem direto? A vida, além de besta, tá cara! Pra caramba! Então é isso: tô querendo mostrar umas coisas novas e diferentes pra vocês, mas agora eu vou pedir algo em troca. Muito mais do que o dinheiro em si, eu quero saber até onde vai o apoio de quem curte meu trabalho. Um apoio mais gostosinho, entende? Um aproach mais caloroso, hmmmm… Um apoio que vai me deixar um pouco mais seguro pra continuar desenhando, pintando, experimentando e criando e postando coisas bacanas! Tá… quero continuar postando bobagem também, oras
Eu proponho essa troca e faço meu compromisso: o seu apoio por algumas recompensas. Coisas minhas que posso oferecer de coração. Quadrinhos, desenhos digitais, desenho originais, pinturas sobre tela, rascunhos, alguns souvenirs e o que mais for aparecendo ao longo do processo.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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