Desde que o Hábito de Quadrinhos nasceu, em 2019, um dos meus maiores prazeres aqui é o de sugerir HQs nacionais que estão no Catarse. Afinal, quando eu comecei a ler, achar obras de autores brasileiros era bem difícil (fora Mauricio de Sousa) e apoiar estes artistas, então, quase impossível.

E a internet mudou isso, especialmente com a possibilidade de assinaturas (relacionei algumas abaixo).

Então, ao menos uma vez ao mais eu tenho tentado listar projetos brasileiros que encontro no Catarse. A descrição abaixo é dos próprios autores, não minha.

Descolonize-se“, de Tom Gomes

“Olá! Me chamo Tom Gomes, sou roteirista de quadrinhos e escritor de livros de ficção fantástica. Como autor independente, é um grande desafio me dedicar aos projetos autorais, já que eles demandam bastante tempo para serem desenvolvidos e as contas do mês não esperam o lançamento do próximo livro. Se você chegou até esta página, provavelmente já conhece pelo menos alguns dos meus trabalhos: Corruption, Isolda e Nas profundezas das Trevas. Você também deve imaginar o esforço e o tempo que tal trabalho requer. Você tem que escrever, desenhar, publicar, ler comentários e mensagens, responder, manter os stories atualizados… Mas você pode me ajudar nisso, que tal?”

Estados Unidos da África“, de Anderson Shon

“Estados dos Unidos da África é uma história em quadrinhos do escritor e poeta Anderson Shon e do ilustrador e quadrinista Daniel Cesart. Inicialmente concebida como um livro em prosa, a história ganhou nova roupagem com a entrada do quadrinista, se tornando um mix de quadrinho e livro.
A HQ conta a história de Rei Bantu, homem camaronês que ganha poderes de forma inusitada e então unifica o continente africano em um só país. Mas, percebe que não dá para matar a fome com raios saindo dos olhos, por conta disso, ele começa a agir rompendo muros para além dos seus poderes. Rei Bantu precisará lidar com o ódio e preconceito para manter a hegemonia dos Estados Unidos da África, pois negros no poder não são bem-vistos por outros governos.”

Estúdio Fefeco“, de Fefê Torquato

“Oi! Eu me chamo Fefê Torquato, sou quadrinista e ilustradora. Há muito tempo eu tenho vontade de ter um espaço que abrigue todas as coisas que eu gosto de fazer e criar. Quadrinhos, papelaria, produtos, vídeos, e mais quadrinhos! Então resolvi criar o estúdio Fefeco, que era apenas o endereço do meu site fefe.co (ainda em construção) que eu achei que soava engraçadinho, e que poderia dar espaço a algo maior e mais abrangente do que o meu nome pessoal. (…) Para as pessoas que me acompanham há tempos, gostam e apoiam o meu trabalho e queiram garantir acesso prévio à quadrinhos originais e inéditos, conteúdo dos processos de trabalho, produtos exclusivos como papéis de parede, cartela de adesivos, pins, e muitas outras coisas legais. Aos poucos vou lançando mais detalhes das recompensas que virão e que estou preparando com muito carinho pra vocês.”

Marcatti HQ“, de Marcatti

“Frauzio é um onanista incontrolável e um vagabundo inútil (se é que existe algum vagabundo útil). Mas, sem dúvida, trata-se de um carismático bosta n’água. Mora com sua avó que vem em seu socorro toda vez que seus destrambelhos fogem do controle. Cada gibi do Frauzio traz uma HQ completa narrando alguma de suas encrencas. Desde seu surgimento em julho de 2001, Frauzio já estrelou dezenas de HQs nojentas, escatológicas e absurdas.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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