Nós do Hábito de Quadrinhos selecionamos, mensalmente, um grupo de obras que estão no Catarse e nos parecem interessantes. Normalmente, são inéditas, então são sugestões mais a partir dos temas e dos artistas do que das obras em si… São caminhos para nos apresentar a quadrinistas ou a abordagens diferentes das HQs. Enfim, tomara que te interessem!

As descrições abaixo fora retiradas do Catarse.

TDAH – Transtorno de Artista e Hiper-criatividade“, de Clarissa Paiva

Quem diria que uma criança imaginativa, caótica, que não parava quieta e iria se tornar uma adulta imaginativa, caótica e que não para quieta… Olá, meu nome é Clarissa, sou artista e ilustradora e eu descobri que sou neurodivergente há alguns anos, depois de adulta. TDAH é sigla para Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. Uma das razões que eu demorei tanto para descobrir foi por causa da falta de conhecimento do transtorno, o seu nome não descreve muito bem as dificuldades de quem realmente tem. Passei anos acreditando que minhas dificuldades eram frutos do fato de ser artista e profissional criativa autônoma, que não tinha horários de escritório para cumprir, que eu era criativa de mais, e organizada de menos… Entretanto, quanto mais eu aprendia sobre o transtorno e quanto mais eu descobria como ele afeta a vida, eu comecei a questionar – Como que cheguei a essa altura da minha vida sem ter levantado essa suspeita antes?

OBRIGADA! foi um transtorno“, de Cecilia Ramos

Obrigada! Foi um transtorno é o segundo livro de quadrinhos do projeto Cartumante. Ele reúne as tirinhas mais especiais que venho publicando nas redes sociais entre 2018 e 2022 com conteúdo inédito. (…) Nos cartuns, falo sobre diversos tipos de transtornos: desde os pequenos conflitos que acontecem no nosso cotidiano até questões relacionadas à saúde mental, relacionamentos, autoconhecimento e (muitas) piadas ácidas.

Dagon“, de Jussara Nunes e Rafael Danesin

Foi há um século atrás, na edição de outubro de 1923, que a revista Weird Tales dava início a uma de suas parcerias mais bem sucedidas ao publicar pela primeira vez um conto de um autor que contava na época com 33 anos. Mas foi apenas quatro anos depois, nas páginas daquela que um dia se tornaria a revista pulp mais importante de todos os tempos, que ‘Dagon’ ganharia notoriedade e impulsionaria de vez a carreira de H.P. Lovecraft.
Considerada por muitos a primeira história a contemplar a extensa mitologia criada pelo autor, e sem dúvida um ponto de virada em sua carreira, Dagon foi o pontapé inicial do famoso cidadão de Providence na longínqua insanidade que daria origem a narrativas marcantes como o famoso O Chamado de Cthulhu e A Sombra sobre Innsmouth. Aliás, muitos elementos que se tornariam marca registrada do mestre do horror cósmico já estão presentes no conto, desde a narrativa epistolar e de caráter científico, passando a impressão de algo crível, até o suspense e elementos de horror submarinos e relacionados a seres das profundezas, além de cultos profanos e cidades submersas que emergem do oceano para levar a frágil mente humana a um frenesi de loucura sem volta.

Bakulo – Roda de Bambas“, de Felipe Maldonado

Esse projeto nasce do desejo em ver cada vez mais a história e o legado dos Mestres da Capoeira Angola mais antigos,sendo contada as novas gerações.Foi nessa direção que o capoeirista, ilustrador e autor do projeto seguiu. Após muito tempo de pesquisa lendo manuscristos, teses de doutorado,livros e muitas horas de conversa com os mestre, foi possível fazer um compilado dessas histórias e adaptá-las ao mundo dos quadrinhos.
BAKULO Roda de Bambas traz ao público de todas as idades, culturas e credos a oportunidade de conhecer de forma mais profunda nossas raizes afro-brasileiras em uma linguagem contemporânea sem perder os fundamentos dos antigos mestres.
Nessa edição contamos a história de Mestre Pastinha. Um garoto franzino que apanhava todos os dias do seu ‘rival’ se tornou o Rei da Capoeira e um dos principais pilares da tradição da Capoeria Angola.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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