O japonês Shigeru Mizuki (1922-2015) foi um craque dos mangás. Mandava bem em histórias de fantasia e terror (como “NonNonBa”) e nas de não-ficção, como o ótimo “Marcha para a Morte”, ambientado na Segunda Guerra (aliás, em que ele lutou).

E Mizuki assumiu uma tarefa hercúlea: contar a história do Japão sob o comando do imperador Hirohito, de 1926 a 1989. O resultado é a coleção “Showa – Uma História do Japão“, publicada em oito volumes no Japão, mas que sairá em quatro aqui no Brasil (editora Devir, tradução de Lidia Ivasa). Aliás, este é o motivo deste texto: o primeiro número, que aborda de 1926 a 39 em mais de 500 páginas, já está à venda. Abaixo, a sinopse da editora.

“Showa 1926-1939: Uma História do Japão é o primeiro volume do retrato histórico meticulosamente pesquisado por Shigeru Mizuki do Japão do século XX. Este volume trata do período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, uma época de elevado desemprego e outras dificuldades econômicas causadas pela Grande Depressão.

Quando a Era Showa começou, o próprio Mizuki tinha apenas alguns anos de idade, então suas primeiras memórias coincidem com os primeiros eventos do período. Mizuki traz a história para o reino do pessoal, tornando-a palatável e, de fato, atraente, tanto para o público jovem quanto para os leitores mais maduros. Ao descrever a militarização que levou à Segunda Guerra Mundial, a posição de Mizuki em relação à guerra é ponderada e muitas vezes francamente crítica – o seu retrato do Massacre de Nanjing pinta claramente o incidente (um tema controverso no Japão) como uma atrocidade. Showa 1926-1939 de Mizuki é uma história lindamente contada que acompanha como os desenvolvimentos tecnológicos e a mudança na estabilidade económica do país tiveram um papel na definição da política externa do Japão no início do século XX.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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