Quando a revista semanal “Bundas” surgiu, no final do século passado, era um desbunde para os fãs brasileiros de quadrinhos e humor. Luis Fernando Verissimo, Jaguar, Millôr, Adão, Angeli, Glauco, Laerte… Havia, claro, os que eu não conhecia, e a revista me foi uma ótima porta de entrada para os brasileiros que então começavam.

Mais difícil, mas de quando em quando acontecia, esses artistas brasileiros consagrados revelavam os artistas que eles próprios reverenciavam. E um deles, citado várias vezes, foi o francês Jean-Jacques Sempé, que faleceu na última quinta.

Sempé talvez seja mais famoso por ter ilustrado capas da icônica revista “The New Yorker” por mais de dez anos, mas também deixou seu talento em cartuns e quadrinhos. Seu personagem mais famoso é “O Pequeno Nicolau“, criado em parceria com René Goscinny (sim, o mesmo de Asterix) e lançado entre 1954 e 65.

É difícil encontrar obras de Sempé aqui no Brasil. Mas se tiver a oportunidade, vale a pena dar uma chance: é um artista ímpar – e obrigado ao pessoal da “Bundas” pela preciosa dica!

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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