É imbecil e criminoso defender o nazismo.

Dito isto, estou há dois dias lendo notícias sobre isso, e desacreditanto.

Aproveito para apresentar um “guia de leitura” por aqui: a trilogia “Berlim”, “Recado a Adolf” e os dois volumes de “Maus”

Se você sentir que ainda tem mais a aprender (e sempre temos), vá atrás de documentários “Arquitetura da Destruição“, livros (“O Diário de Anne Frank“), filmes (“A Queda“). Informação não ocupa espaço – e nos impede de cometer atitudes imbecis e criminosas por aí.

1 – “Berlim“, de Jason Lutes

Originalmente publicada em uma trilogia (que saíram aqui em um único volume de quase 600 páginas), esta obra não mostra o nazismo em ação, mas seus antecedentes. Como a rica e culta Berlim virou palco para atrocidades nazistas? É uma obra de ficção, mas que constrói um retrato rico daquele momento.

2 – “Recado a Adolf“, de Osamu Tezuka

Atenção: este mangá é uma ficção. Aviso isto para você não se decepcionar caso vá atrás. Trata-se de um mangá focado em dois meninos amigos e alemães chamados Adolf. Quando a guerra eclode, ficam em lados opostos – um deles é judeu, o outro vira membro da juventude nazista.
Osamu Tezuka é o maior mangaká (artista de mangá) de todos os tempos e este é um dos seus raros trabalhos para adultos, criados na última fase de sua carreira.

3 – “Maus“, de Art Spiegelman

Recomendado para fãs ou não de quadrinhos. Uma obra de arte impactante. Art Spiegelman conta a história de um sobrevivente de Auschwitz: Vladek, seu pai. Foi a primeira HQ a ganhar o Prêmio Pulitzer de literatura.
“Maus” (o título é uma corruptela de “mouse” – “rato”, em inglês) saiu em dois volumes, igualmente fortes. Este volume que indico aqui traz ambos. Se tiver vontade de ler apenas uma obra deste meu guia de leitura, fique com “Maus”.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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