De quando em quando, me deparo com mensagens nas redes sociais com uma espécie de aviso: “se você leu X-Men e não percebeu que é sobre tolerância e combate ao preconceito, você entendeu errado”. Isto está… certo!

Quando Stan Lee e Jack Kirby criaram os X-Men, a Marvel deu o primeiro passo para criar uma equipe de super-heróis que abraçasse o diferente – ao mesmo tempo, curiosamente, em que sua rival DC Comics fazia a mesma coisa com a Patrulha do Destino.

Os X-Men de Lee & Kirby não fizeram sucesso, mas a semente havia sido plantada. Aí veio o roteirista Chris Claremont e, por quase duas décadas, criou o universo de mutantes como conhecemos hoje. É difícil selecionar só três HQs de personagens tão interessantes, por isso vou trapacear e indicar seis: três nesta semana, três no próximo Sugestões de Sábado.

Biblioteca Historica Marvel – X-Men” volume 1, de Stan Lee e Jack Kirby

Seu corpo está mudando, e este adolescente enfrenta dificuldades para aceitar o que está se tornando. Sente que é diferente de todos e que não se encaixa neste mundo. Se identificou? Este é o ponto de partida dos X-Men – mas, como é uma história de super-heróis, espere por poderes, identidades secretas e supercriminosos.

X-Men – A Segunda Gênese”, de Chris Claremont e vários

Um pequeno passo para os X-Men, um grande passo para a diversidade no gênero dos super-heróis. De uma tacada só, a Marvel apresenta um herói soviético (em plena Guerra Fria), uma africana negra, um japonês e até um herói que parece, literalmente, um demônio – afinal, não se pode julgar alguém pelas aparências, certo? Tudo em uma sequência de aventuras de tirar o fôlego.

X-Men – A Saga da Fênix Negra”, de Chris Claremont e John Byrne

Fãs se dividem entre qual é o ponto alto da dupla Claremont & Byrne pelos X-Men “Dias de um Futuro Esquecido” ou “A Saga da Fênix Negra”? Voto em ambos, por isso indico um hoje e o outro na semana que vem.

Por favor, não confunda esta HQ com o filme horrível que enterrou a franquia dos X-Men no cinema. “Fênix Negra” é uma baita aventura cósmica, que envolve raças alienígenas, combates poderosos, questões morais e, claro, sacrifícios.

Please follow and like us:

Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/pedro-cirne-563a98169