Comentei, nesta semana, que uma galeria de Nova York está realizando uma mostra em homenagem ao mangaká Katsuhiro Otomo, criador da clássica “Akira”. E notei que faz um tempo que não dedico um Sugestões de Sábado só para mangás. Então…

Então, vamos com uma indicação de suspense, uma de romance e outra de drama. Apenas ótimos autores, fique tranquilo… E boa leitura!

Monster, de Naoki Urasawa

Urasawa não é, para mim, “apenas” um dos maiores mangakás vivos: ele é um dos maiores quadrinistas em atividade no mundo (explico aqui as razões). Minha admiração por seu trabalho começou por “Monster”: uma história de suspense em que um médico parte em busca de um perigoso serial killer.

Tudo nessa obra é bom: o carisma dos protagonistas,  a profundidade dos coadjuvantes, o ritmo tenso (e intenso), o suspense, a arte…

Kimi ni Todoke – Que Chegue A Você”, de Karuho Shiina

Esqueça o serial killer da indicação acima e o pesado drama familiar a ser citado logo abaixo. A mangaká Karuho Shiina nos presenteou com este doce mangá que mostra o romance entre a tímida Sawako e o simpático e viajado Kazehaya. A série foi uma das vencedoras do Kodansha Award de 2008 – uma das duas grandes premiações japoneses dedicadas a seus mangás.

Ayako”, de Osamu Tezuka

Eu sei que Tezuka, o maior mangaká de todos os tempos, é mais conhecido por seu trabalho infantil, como os fofos “Astro Boy” e “A Princesa e o Cavaleiro”. Mas não subestime seu trabalho voltado para o público adulto. Em alguns casos, é fabuloso, como este “Ayako”.

Uma menina testemunha uma ação terrível cometida por seu tio. Para preservar o nome da família, o pai dela a tranca no porão de casa. Quando sai de lá, 20 anos depois, nem ela nem a família são mais os mesmos. Mais: o Japão também mudou muito, derrotado na Segunda Guerra Mundial. Esse caldeirão de mudanças em um Japão que se reconstrói é palco de um lindo, e tenso, drama familiar.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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