Uma das obras mais brilhantes de Alan Moore vai ser relançada no Brasil: “Promethea”, uma fantasia épica lançada originalmente em 32 números nos Estados Unidos, de 1999 a 2005.

É difícil resumir “Promethea”. Posso dizer que é uma das coisas mais sensacionais que já li em quadrinhos, mas isso não ajuda muito. É uma fantasia que envolve espiritualidade, arte, misticismo, cabala, super-heróis, ficção científica, apocalipse e tarô – acredite, o tarô tem uma participação importante.

Vale ressaltar a arte de J.H. Williams III. Normalmente linda, ela está um desbunde em “Promethea”. Williams III chega a mudar completamente seu estilo em alguns números, como quando usa um hiper-realismo de cair o queixo. Nas primeiras páginas, pode até parecer que ele só está se exibindo, mas, acredite, tem tudo a ver com o roteiro.

Esta edição que a Panini colocou em pré-venda reune os 32 números originais em dois volumaços: o primeiro tem 460 páginas, e o segundo, 520. É a chamada “coleção definitiva”.

Houve uma edição assim há alguns anos, mas apenas poucos felizardos compraram o primeiro número, hoje bem difícil de achar (e a preços nada convidativos).

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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