Sábado, 30 de janeiro: Dia do Quadrinho Nacional – e entrega do Troféu Angelo Agostini, batizado em homenagem ao patrono da HQ brasileira. Bela oportunidade para sugerir clássicos verde-e-amarelos, não? Como faço semanalmente aqui no Sugestões de Sábado, escolhi três. Divirta-se!

Mentira, escolhi quatro. Não podia deixar o Agostini de fora. Mas como esta sessão é para indicar apenas três, marotamente encaixei a obra dele como “brinde” 😉 .

Caricatura dos Tempos”, de Belmonte

Livraço! Esta edição reúne charges feitas pelo paulistano Belmonte de 1936 a 46. É um período que gira em torno da Segunda Guerra Mundial: suas origens, principais fatos e desdobramentos. São charges criadas com inteligência e humor, forjadas no calor dos acontecimentos.

O Amigo da Onça”, de Péricles

Ninguém gosta de um amigo da onça. Mas o personagem do Péricles conseguiu a façanha de ser adoravelmente detestável – ou detestavelmente adorável. Este livro reúne alguma de suas melhores histórias. Confesso que preciso as reler: emprestei meu exemplar há mais de 20 anos e ele não voltou (provavelmente para um amigo da onça contemporâneo…).

As Cobras – Antologia Definitiva”, de Luis Fernando Verissimo

Tenho certeza de que se perguntarem a Luis Fernando Verissimo se podemos considerar “As Cobras” um clássico dos quadrinhos brasileiros, ele vai negar. E é óbvio que ele entende mais de quadrinhos do que eu (ele entende de qualquer assunto mais do que eu: literatura, futebol, molho de tomate…), mas vou discordar humildemente dele. “As Cobras” é uma das mais engraçadas HQs nacionais que tive o prazer de ler.

BRINDE – “As Aventuras de Nhô-Quim e Zé Caipora”, de Angelo Agostini

Peço licença para quase repetir aqui o que escrevi na minha coluna desta semana no site oficial da TV Cultura (no artigo “Semana do Quadrinho Nacional! Veja 6 dicas de belas HQs brasileiras”).

O livro “As Aventuras de Nhô-Quim e Zé Caipora: os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883” reúne 160 páginas de quadrinhos de Agostini publicados no século 19. É um retrato da época (o que sabemos sobre 150 anos atrás?), um passeio pela origem das histórias em quadrinhos e, de quebra, a exibição do talento de um artista acima da média. O livro está disponível, online e de graça, no site do Senado Federal.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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