Um é bom, dois é ótimo, três é excelente!

Nas últimas semanas, três HQs nacionais foram indicadas a premiações internacionais, Hoje, vou apresentar quais são e a que troféus concorrem. Vão ganhar? Não sei! Mas a indicação em si já é fantástica.

(Só um lembrete para quem não viu os últimos posts: estamos na Semana Nacional da História em Quadrinhos, então vou dedicar todos os dias, até domingo, para abordar HQs brasileiras.)

Angola Janga – Uma História de Palmares”, de Marcelo D’Salete

O livrão de D’Salete é um dos cinco finalistas do McDuffie Award for Diversity in Comics, uma premiação destinada a celebrar a diversidade nas histórias em quadrinhos. Amparada em excelente pesquisa, a graphic novel retrata, em mais de 400 páginas, a história do Quilombo de Palmares.

“Falar sobre racismo e história de negros no Brasil não é simples nem fácil. Mas imagino que temos, no Brasil, um público muito interessado em conhecer mais sobre essa história justamente devido ao vazio sobre o assunto”, me disse D’Salete há alguns meses, em entrevista publicada no portal 6 Minutos.

O tema da diversidade em quadrinhos me interessa bastante. Escrevi, no ano passado, uma coluna sobre esse assunto na minha coluna semanal na TV Cultura: “Por que alguém seria contra diversidade nas histórias em quadrinhos?”. O tema, pelo visto, não interessa só a mim: foram mais de 1.100 comentários no post da TV Cultura no Facebook.

CWB”, de José Aguiar

Essa eu vi no Omelete: o Prix de la Bande Dessinée Alternative 2021, prêmio francês de quadrinhos alternativos do Festival de Angoulême, revelou sua lista de HQs indicadas com a presença de dois representantes brasileiros. Um deles é “CWB”, de José Aguiar.

Li “CWB” no ano passado e achei uma das HQs nacionais mais criativas de 2020 – talvez a mais criativa. Mas como é difícil escrever sobre ela sem dar spoiler e tirar o prazer da leitura! Dediquei uma coluna a “CWB”: “Como é bom ter gente inovando ao criar histórias em quadrinhos”.

Café Espacial”, coletânea editada por Sergio Chaves e Lígia Basoli

Coletânea de quadrinhos autorais criada em 2007, já publicou 18 edições até hoje – a mais recente tem temática para adultos, como mostra a divertida capa de Laudo Ferreira. Queria comentar exatamente sobre ela, mas minha edição ainda não chegou. Mas comento aqui no site assim que a ler – antes, seria sacanagem, o que tem tudo a ver com o número, mas isso não vem ao caso.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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