A “Heavy Metal”, icônica revista norte-americana de terror e fantasia, foi lançada em abril de 1977. A primeira história da sua edição de estreia foi escrita e ilustrada por um artista que, nos anos 70, já se destacava: o norte-americano Richard Corben (1940-2020), falecido na última quinta-feira.

Corben era muito talentoso e eclético. Criou obras alternativas de terror e fantasia – o que o levou, por exemplo, a receber o Grande Prêmio de Angoulême de 2018, prestigioso festival francês que é um dos maiores eventos de quadrinhos do mundo.

E Corben também foi “mainstream”: trabalhou com a Marvel, a DC e com o Hellboy, personagem de Mike Mignola que conjuga terror e fantasia – tudo a ver com o Corben. Não à toa, recebeu dois de seus três Eisner Awards, o Oscar dos quadrinhos americanos, ilustrando o divertido chifrudão vermelho: “Hellboy: O Vigarista” venceu em 2009 na categoria melhor série limitada, e “Hellboy: Double Feature of Evil” foi consagrado como melhor edição única em 2011.

O terceiro Eisner Awards saiu em 2012, quando Corben foi alçado ao hall da fama da premiação pelo conjunto da obra – longeva e vasta. Separei três HQ que abordam alguns dos muitos lados deste talentoso e multifacetado artista, começando com uma dos anos 70 e terminando com outra desta década.

Neverwhere
Den é o primeiro grande personagem de Corben. A versão original dele surgiu no curta “Neverwhere”, de 1968: um homem que consegue viajar para uma dimensão chamada Neverwhere.


Den também é o protagonista da primeira história da “Heavy Metal” de estreia, citada mais acima. O personagem estrelou cinco livros – este que apresento é o primeiro, lançado nos anos 80, mas com HQs da década anterior.

A Casa do Fim do Mundo
Enquanto a HQ acima é de aventura & fantasia, esta é de puro terror. Trata-se da adaptação de “The House on the Borderland”, romance tétrico lançado em 1908 por William Hope Hodgson.

Hellboy: O Vigarista
A parceria entre Mike Mignola (roteiros) e Corben (arte) rendeu dois Eisner Awards ao ranzinza e charmoso demônio Hellboy. A mini “O Vigarista” foi lançada no Brasil em “Hellboy – Edição Histórica” nº 10.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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