Ontem foi dia de apresentar belos quadrinhos europeus no Sábado Sessão Saudade. Hoje, que é dia de apresentar lançamentos na seção Duas Dicas Dominicais, será a vez de… mais quadrinhos da Europa.
Eu tenho culpa se eles fazem boas HQs? Divirta-se!
“Júlia – Graphic Novel”, por Giancarlo Berardi, Maurizio Mantero e Antonio Marinetti
Adoro as histórias da Júlia Kendall. Para mim, são alguns dos quadrinhos de suspense mais interessantes deste século. A premissa é simples: o Giancarlo Berardi (de “Ken Parker”) criou esta criminóloga que… Bem, que investiga crimes.
A premissa é essa – já os crimes, claro, não são nada simples. Se fossem, qual seria a graça? Esta graphic novel que está saindo no Brasil é uma edição de luxo com uma história especial: o assassinato foi cometido em uma convenção de criminólogos. Ou seja, todos os suspeitos são especialistas em investigações de crimes – o que vai dificultar bastante a solução do mistério.
“Paracuellos”, de Carlos Giménez
Quando fui para a Espanha, levei uma lista curta de quadrinhos por comprar. (Na verdade, eu queria dezenas, mas restringi a cinco por motivo$ compreen$ívei$.) O primeiro da lista era “Paracuellos”, obra que saiu recentemente no Brasil.
Inspirada na infância de Giménez, a série retrata a vida de crianças órfãs (ou abandonadas) nos abrigos geridos pela ditadura de Francisco Franco.
Não se trata de uma obra qualquer: Giménez tem, além da experiência de ter vivido em um abrigo como o que retrata, inteligência e sensibilidade para narrar a história. Não à toa, “Paracuellos” foi premiada como melhor HQ do ano na edição de 1981 de Angoulême, o maior festival de quadrinhos da Europa.
“Paracuellos” começou a ser publicada em 1975 e teve um total e oito volumes. A edição que sai no Brasil reúne os quatro primeiros.