Sempre gostei do Salão de Humor de Piracicaba. Primeiro, por sua história: surgiu como uma maneira de os artistas brasileiros se posicionarem diante da ditadura – e de reunirem essas manifestações, dando força a elas.
Arte, humor, crítica social e política. Como não gostar? Aliás, como você próprio vai conferir observando as obras vencedoras (alguns parágrafos abaixo), essas qualidades permanecem. Felizmente.
O segundo motivo foi completamente pessoal: uma das primeiras matérias que fiz para a Folha de S.Paulo, ainda no milênio passado, foi viajar a Piracicaba para a abertura de uma edição do salão. (Gostei tanto que voltei, de folga, cinco vezes.)
O Salão de Piracicaba divulgou no final de semana os vencedores da edição deste ano. Originalmente, eu publicaria aqui no site na segunda (anteontem). Mas fomos surpreendidos pela triste morte de Chadwick Boseman, e não quis diluir algo tão relevante como o Salão de Piracicaba entre notícias como as belas homenagens ao ator e uma análise de sua carreira, escrita pelo Eduardo Pereira, o responsável pela coluna Quadrinho Falado.
Infelizmente, não irei pessoalmente apreciar a exposição do Salão de Piracicaba deste ano – passeio que aproveito para emendar com a degustação de um delicioso pintado na brasa.
Por motivos óbvios (sim, Covid), a exposição deste ano é oline. Basta clicar e curtir.
Aqui estão os vencedores deste ano:
Melhor cartum – Rafael Corrêa
Melhor caricatura – Claudio Duarte
Melhor charge – Jota A
É a linda obra que abre este texto.
Categoria Comunicação – Cazo
Prêmio Câmera de Vereadores – Dalcio Machado
Prêmio Tirinhas – Marco Merlin
Categoria Saúde – Shahrokh Heidari