
“Batman Eternamente” e “Batman e Robin”, ambos dirigidos por Joel Schumacher, ganharam fama na mitologia do Batman. Péssima fama, na verdade. São chamados de espalhafatosos, bregas, bobos.
Eu os assisti no cinema. Eram o oposto do proposto por Tim Burton, que havia dirigido os dois sombrios e também fantasiosos filmes anteriores, que inauguraram a franquia (“Batman” e “Batman – O Retorno”). Eram mais próximos do seriado fanfarrão dos anos 60. Momento confissão: não me incomodaram. Fui, vi, dei risada e voltei para casa. Acho que sou o único fã do Batman que não odeia estes dois filmes – mas não os revi desde então, minha opinião pode mudar.
(É diferente, por exemplo, do filme do Batman do Zack Snyder, com o perturbador “Momento Martha”. Perturbador de tão ruim. Este me incomodou.)
Enfim, muito se comentou sobre como seria o terceiro filme da trilogia. Segundo vi no Looper, o projeto chegou a avançar um bocado, com o título provisório de “Batman Unchained” (algo como “Batman Desacorrentado”, mas duvido que traduzissem assim). O onipresente Nicolas Cage foi cogitado para ser o Espantalho; em uma das versões, vilões dos filmes anteriores estariam de volta para uma cena específica: o Pinguim (pelo planejamento, mais uma vez vivido por Danny DeVito), Duas-Caras (Tommy Lee Jones), Charada (Jim Carrey) e Mulher-Gato (Michelle Pfeiffer). Outra versão trouxe uma novidade que me pareceu interessante: a Arlequina apareceria como filha do Coringa, não como sua namorada.
Nunca saberemos como teria sido esta versão específica, mas temos dois novos capítulos desta franquia – fora das telas. O primeiro saiu no ano passado: o romance “Batman: Resurrection” (“Batman: Resurreição”, em tradução livre), escrito por John Jackson Miller. Ambientado entre os dois filmes de Burton, o livro introduz na franquia personagens como Basil Karlo, o Cara-de-Barro, e o professor Hugo Strange.
E agora teremos uma nova obra dentro deste universo. A Amazon colocou em pré-venda o romance “Batman – Revolution” (“Batman – Revolução”, em tradução livre). Trata-se de uma trama diretamente ligada aos filmes do Schumacher, também escrita por John Jackson Miller, mas agora centrada no Charada vivido por Jim Carrey no primeiro filme de Joel Schumacher. Será espalhafatosa? Brega? A conferir.
