O Ministério das Relações Exteriores do Japão fundou, em 2007, o International Manga Award, concedido anualmente a artistas estrangeiros que contribuem com a divulgação da cultura do mangá mundo afora. E, após menos de duas décadas, um brasileiro conquistou a categoria máxima do prêmio: Hiro Kawahara levou, por “A Sereia da Floresta“, a medalha de ouro da premiação.

Antes de Kawahara, apenas dois outros artistas nascidos no continente levaram a medalha de ouro para casa: o americano Joe Kelly (por “Eu Mato Gigantes”, em 2011, cocriado com o nipo-espanhol Ken Niimura) e os colombianos Pablo Guerra e Henry Díaz (“Dos Aldos”, em 2017). A conquista é um feito e tanto… Kawahara está de parabéns!

O anúncio do prêmio saiu na semana passada, e eu soube pelo perfil do próprio Kawahara no Instagram:

Abaixo, a descrição que Kawahara faz de “A Sereia na Floresta” em seu site oficial:

Desesperada por sobreviver, a última sereia aceita um acordo com criaturas obscuras para ressurgir em um outro mundo, em outro corpo, com a condição dela entregar a eles seus futuros filhos.
Ela ressurge em uma floresta, durante a Idade Média, no meio da Grande Praga e da Inquisição.
Lá, ela é acolhida por uma alquimista persa, também uma alma errante em um lugar que não lhe pertence, e ambas passam a ter um relacionamento.
Mas o impossível acontece e ambas terão que passar por novas mudanças se quiserem proteger aqueles que elas amam.
É uma variação da Pequena Sereia, mas onde o foco é a sobrevivência, a capacidade de adaptação e o que acontece quando não estamos no lugar que nos pertence.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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