Um personagem desconhecido, dois autores muito famosos. E um rolo danado.

O britânico Alan Moore (sim, aquele!), em início de carreira, escreveu para uma editora britânica 16 histórias de um super-herói bem desconhecido até então: Marvelman, um plágio assumido do Capitão Marvel (explico esta história aqui). Essas poucas histórias foram excelentes e revolucionárias.

(Marvelman, aliás, se chama Miracleman hoje, enquanto o Capitão Marvel, ao virar filme, se tornou mais conhecido como Shazam.)

Quando Alan Moore deixou o título, o também britânico Neil Gaiman (sim, aquele!), também em início de carreira, assumiu as histórias do Miracleman. Planejou publicar 18, mas a editora faliu e só saíram oito.

Aí era só esperar outra editora assumir o título, certo? Mas aí, aconteceu um problema judicial enorme (explico esta história aqui) e n´ps tivemos de esperar décadas pela continuação. Não é maneira de falar: foram 30 anos de espera!

Agora, finalmente!, a continuação da fase do Miracleman por Neil Gaiman sairá no Brasil. A Panini colocou em pré-venda “Miracleman Por Neil Gaiman & Mark Buckingham”, volume 2, com previsão para sair em dezembro. Abaixo, a sinopse da editora:

“NA ERA DE PRATA, Miracleman criou uma utopia na Terra em que deuses caminham entre os homens, e homens se tornaram deuses. Mas quando seu amigo há muito perdido, Jovem Miracleman, é ressuscitado, Miracleman descobre que nem todos estão prontos para seu admirável mundo novo! Uma família fraturada, um Jovem Miracleman em uma jornada para compreender a si mesmo e ao seu mundo, e uma exploração da jornada do herói que vai do topo dos Himalaias ao passado secreto da família Miracleman!”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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