Estou atrasado, confesso. O livro já saiu, e eu não havia publicado nada por aqui. Mas antes tarde do que nunca.

Luiz Gê acaba de lançar um lovo livro: “Fronteira Híbrida” (editora Mmarte), uma obra aborda a intersecção de quadrinhos e música – o que não é novidade em se tratando dele, que no início dos anos 80 já havia trabalhado, de maneiras diferentes, na criação dos álbuns “Clara Crocodilo” e “Tubarões Voadores”, ambos de Arrigo Barnabé.

Uma das ideias por trás de “Fronteira Híbrida” é ser experimental- e quem já leu “Avenida Paulista” (meu álbum favorito dele) sabe do que Luiz Gê é capaz. Ainda não li o álbum, mas deixo aqui uma trecho da descrição da editora:

“Uma antologia que compilasse os trabalhos do quadrinista dentro do recorte música e quadrinhos seria a escolha mais óbvia. Mas nada que envolva um artista do calibre e da inquietude de Gê poderia ser óbvio. FRONTEIRA HÍBRIDA faz jus ao título: o livro transita entre HQ, humor, design, direção de arte, fotografia, experiências tridimensionais, livro de arte e teoria – caso alguém ainda não saiba, Gê é também professor universitário e pesquisador acadêmico.

A parceria de décadas com o expoente da Vanguarda Paulistana, Arrigo Barnabé – que inclusive escreve o prefácio de FRONTEIRA HÍBRIDA –, não poderia ficar de fora. Tubarões voadores (especialmente colorida por Gê para a edição), as duas versões de Clara Crocodilo, tudo isso (e muito mais) está no livro, de forma minuciosa e aprofundada como nunca antes. Mas a grande novidade, inédita em todos os aspectos, são as transcriações que Luiz Gê fez de duas óperas de Arrigo e um espetáculo cênico-musical de Stravinsky, dos quais foi diretor de arte.

A partir de registros fotográficos feitos de próprio punho, Gê transformou O homem dos crocodilos, Santos Dumont: Enquanto estiverem acesos os anúncios luminosos e A história do soldado em inusitadas narrativas quadrinísticas, híbridas e experimentais. Um trabalho inteiramente produzido em 2021, que exibe um artista mais criativo que nunca. Aliás, FRONTEIRA HÍBRIDA é o exemplo máximo do que seria um livro de autor: absolutamente tudo na publicação foi criado pelo próprio Luiz Gê, das HQs aos textos, do design às ilustrações.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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