O Eisner Awards, o Oscar dos quadrinhos norte-americanos, divulgou há algumas semanas os indicados à edição deste ano. O Brasil foi bem indicado com Bilquis Evely e Deodato Jr., Fido Nesti. Mas notei algo interessante: os portugueses (e quase xarás) Felipe e Filipe que, somados, chegaram a seis indicações.

O roteirista Filipe Melo recebe três indicações por “Balada para Sophie“, parceria com o ilustrador argentino Juan Cavia. O álbum em si concorre a melhor graphic novel e a melhor HQ estrangeira; Filipe Melo concorre ainda a melhor roteirista – é raríssimo o Eisner Awards indicar para esta categoria o escritor por trás de uma obra não escrita originalmente em inglês. De quebra, Juan Cavia concorre a melhor desenhista.

“Balada para Sophie” é inédita no Brasil – só até a semana que vem, a obra já está em pré-venda. 🙂

Ainda não li, mas segue a sinopse da editora:

“A vida de Julien Dubois, pianista de grande sucesso, confunde-se com a história da Europa do século XX. Desencantado e misantropo, ele vive a aposentadoria em uma velha mansão, na companhia de um gato e uma governanta, até que, certo dia, a visita de uma jovem jornalista o incita a contar a sua verdadeira história. Nas paredes da casa, impregnadas de fumaça de cigarro e velhas memórias, ressoa a confissão de uma existência marcada pela rivalidade e por arrependimentos; uma saga surpreendente estrelada por crianças prodígios e idosos amargurados, belas dançarinas e produtores demoníacos, comandantes nazistas, freiras solidárias e animais que salvam vidas.”

Filipe Andrade concorre por “The Many Deaths of Laila Starr” nas categorias de melhor desenhista/arte-finalista; melhor série limitada (ao lado do escritor, Ram V) e melhor colorista (ao lado de Inês Amaro).

Abaixo, a sinopse (feita pela editora, BOOM! Studios):

“Lutando com sua mortalidade recém-descoberta, Laila encontrou uma maneira de ser colocada no tempo e no lugar onde o criador da imortalidade nascerá. Laila terá a chance de impedir a humanidade de alterar permanentemente o ciclo da vida, ou a morte realmente se tornará uma coisa do passado?”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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