Há alguns dias, comentei que os passaportes belgas agora têm uma versão que homenageia personagens das HQs – brinquei que isso me deu saudades deste país lindo… Mas, e o que dizer da França?
Vi no “Le Monde” que a deslumbrante Paris inaugurou recentemente não uma, mas duas galerias de arte dedicadas às histórias em quadrinhos. O objetivo de ambas é vender material original aos colecionadores – não a HQ impressa, mas a página ilustrada (ou pintada) que vai para a editora. É um tipo de mercado diferente, bem mais restrito – e caro.
Uma se chama Les Arts Dessinés e foi inaugurada em janeiro, tocada por um francês (Frédéric Bosser) e dois belgas (Alain Huberty e Marc Breyne). A ilustração que abre este texto, de Pat Andrea, está à venda nesta galeria.
O segundo espaço é um anexo à galeria Huberty & Breyne, próxima do Palácio do Eliseu. Enquanto a primeira é voltada a artistas mais consagrados, esta é destinada a artistas não necessariamente iniciantes, mas que ainda não estão tão embrenhados no mercado francobelga de quadrinhos.
Saudades da Bélgica. Agora, saudades da França também.
