O Brasil está começando a receber manhwás (quadrinhos sul-coreanos) de peso. Dois volumes recentes me vêm à mente: “Grama” e “A Espera“, da ótima Keum Suk Gendry-Kim. E acaba de ser colocado à venda outro exemplar coreano que promete “Memórias de um Freixo“, de Kun-woong Park.

Esta HQ de mais de 300 páginas adapta o romance de Choi Yong-tak.
O nome poético está à frente de uma história de guerra. Mais do que isso, aliás: uma tragédia ambientada nos anos 50 do século passado, durante a Guerra da Coreia.

A HQ retrata o episódio que ficou conhecido como Massacre das Ligas Bodo, que causou a morte de mais de 100 mil (o número é incerto, talvez chegue a 200 mil) coreanos, entre civis, mulheres e crianças.

Ainda não li. Deve ser duro entrar em contato com uma tragédia como esta. Mas, ao mesmo tempo, é muito bom ver a Arte sendo usado para relembrar – e tentar entender – a História. No minímo, para ensinar o que houve para quem não a conhece – que sirva de porta de entrada para futuros estudos. Quem não conhece sua História está fadado a repeti-la.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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