Um dos melhores quadrinhos publicados no Brasil no ano passado foi, na minha opinião, “Grama”, de Keum Suk Gendry-Kim. (Você pode clicar aqui para comprar o livro ou aqui para ler o artigo que escrevi sobre ele na minha coluna semanal na TV Cultura).

Trata-se de um manhwa (quadrinho sul-coreano) de não-ficção: a dolorosa história real de uma vítima da guerra entre o Japão e a Coreia, transformada em escrava sexual pelo exército invasor nipônico.

Agora, a editora Pipoca e Nanquim coloca em pré-venda o livro seguinte de Keum Suk Gendry-Kim: “A Espera”.

Uma vez mais, a autora retrata uma história real com raízes um conflito, agora a Guerra da Coreia. Ainda não li o livro, mas fico com este trecho do resumo feito pela editora:

“A obra surgiu de uma revelação que a artista teve em seu núcleo familiar: sua própria mãe foi separada da irmã durante a Guerra da Coreia. Keum veio a descobrir depois que não se tratava de algo tão incomum entre o povo coreano, cuja vida foi completamente alterada quando Sul e Norte se lançaram em um combate armado, nos anos 1950. A partir de entrevistas com sua mãe e outras vítimas de separações forçadas, nasceu ‘A Espera’.”

“Grama” foi mais do que uma porrada no estômago. Imagino que “A Espera” vá pelo mesmo caminho.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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