Os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 estão acontecendo… E como meu único esporte, recentemente, tem sido ler histórias em quadrinhos, vou manter a temática “olímpica” aqui no Hábito de Quadrinhos. Hoje, selecionei cinco HQs de esportes que adoraria que saíssem por aqui.

Ashita no Joe“, de Ikki Kajiwara e Tetsuya Chiba
Citado em livros brasileiros como “Joe do Amanhã”, este mangá tem mais de 50 anos (começou em 1968!) e envelheceu bem. Conta a história de Joe Yabuki, um rapaz briguento que é direcionado a aproveitar sua energia para algo muito mais produtivo: o boxe.

Yawara!“, de Naoki Urasawa
Outro mangá – e este tem mais a ver com a atual olimpíada. Afinal, Tóquio-2020 teve 12 pôsteres oficiais: todos criados por artistas japoneses. Só um era mangaká: Naoki Urasawa – para mim, um dos maiores quadrinistas do mundo em atividade.
O mangá conta a história de Yawara Inokuma, uma jovem com enorme talento para o judô. Lançado entre 1986 e 93, “Yawara!” foi eleito o mangá do ano no Shogakukan Awards, um dos dois grandes prêmios japoneses dedicados aos quadrinhos locais.

Der Traum von Olympia“, de Reinhard Kleist
O alemão Kleist gosta de HQs inspiradas em personagens reais – seu “O Boxeador“, sobre o polonês Hertzko Haft, já saiu por aqui. “Der Traum von Olympia” (em tradução livre, “O sonho de Olímpia”) conta a história da corredora somali Samia Yusuf Omar, cuja vida dramática foi de uma participação na Olimpíada de Pequim-2008 a uma morte trágica, após viver em um campo de refugiados.

Dragon Hoops“, de Gene Luen Yang
O americano de origem chinesa Gene Luen Yang é um ótimo quadrinista, com três Eisner Awards (o Oscar dos quadrinhos dos EUA) nas costas: melhor graphic novel inédita (em 2007, pelo ótimo “O Chinês Americano”), melhor história curta (2010) e melhor roteirista (2015). Em “Dragon Hoops”, ele lança um livro autobiográfico, em que aborda sua relação com o basquete – e como este esporte não era exatamente fácil para ele.

Les Schtroumpfs Olympiques“, de Peyo
“Schtroumpfs” é o nome original dos Smurfs. E se tem Smurfs no meio, é divertido. Neste álbum, os “atletas” azuis disputam provas de corrida, salto em altura, lançamento de martelo, natação, ginástica, judô e maratona – já pensou o tempo que aquelas minúsculas criaturas precisarão para completar 42 quilômetros?
“Les Schtroumpfs Olympiques” (“As olimpíadas smurfs”, em tradução livre) é complementado com histórias curtas, mostrando outras desaventuras com esportes – como boxe, futebol, tênis e tiro com arco (abaixo, um smurf com uma mira tão boa quanto a minha).

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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