A editora Nemo colocou em pré-venda o álbum francês “Pele de Homem”, escrito por Hubert e ilustrado por Zanzim.
O álbum chega com uma babagem respeitável de prêmios. Eu contei nove, mas é capaz de ter ganho mais algum enquanto eu escrevia este texto.
Desses prêmios, acho que o mais interessante é o Prêmio Fauve des Lycéens, uma das categorias do prestigioso Festival de Angoulême. A categoria é bancada pelo Ministério da Educação francês, mas o júri é formado por mil alunos do ensino médio.
(De todos os ótimos lançamentos aqui no Brasil no ano passado, qual teria sido o eleito pelos alunos brasileiros? Eu adoraria saber.)
Ainda não li “Pele de Homem”, mas coloco aqui sua interessante premissa. Na Renascença, a jovem Bianca fica noiva de Giovanni. Mas Bianca não é uma mulher normal: ela consegue “vestir uma pele de homem”. Ou seja, transforma-se em um formoso rapaz quando quer. E assim, descobre que seu Giovanni… Opa, sem spoilers aqui.
Este criativo ponto de partida permite reflexões bem pertinentes, especialmente no Brasil de 2021, sobre identidade sexual, amor e relacionamento.