Na semana passada, comentei aqui no Hábito de Quadrinhos sobre uma webcomic de não-ficção que abordou o preconceito contra muçulmanos nas universidades britânicas.

Primeiro, eles fizeram a pesquisa:  ouviram 2.000 estudantes das universidades locais. Depois, as partes mais significativas do que foi dito foram transformados em arte sequencial. Trabalhoso, mas… incrível.

A equipe por trás desse trabalho é o Positive/Negatives, e gostaria de falar sobre eles hoje. Primeiro, porque sou fã. Segundo, porque eles exploram um caminho incrível e que pode servir de exemplo para muita gente – inclusive fora dos quadrinhos.

O Positive/Negatives é uma equipe sediada na Inglaterra que narra, em quadrinhos, histórias reais que abordem direitos humanos ou questões sociais. Há pesquisas, como o exemplo que citei acima, mas também material didático sobre legislação e educação sobre temas humanitários.

E muitos, muitos depoimentos. Narrativas feitas em primeira pessoa e transformada em quadrinhos ou animações por profissionais. Gosto de todo tipo de trabalhos que fazem, mas esse, em particular, é o que mais me toca.

Vou citar três exemplos de histórias que li graças a eles:

Quando o Positive/Negatives publica pesquisas ou histórias didáticas sobre questões humanas, está nos fazendo refletir sobre a sociedade em que vivemos. É um espelho para nós enxergamos qual nosso papel diante desses problemas.

Quando publicam depoimentos, dando voz a pessoas que raramente são escutadas, nos colocam provisoriamente no lugar delas. Podemos ao menos tentar entender, um pouquinho que seja, o que eles viveram e sentiram. Na minha opinião, é nesse momento que o trabalho do Positive/Negatives fica ainda mais importante: quando eles nos ensinam empatia.

ps – Infelizmente, o conteúdo criado pelo está majoritariamente em inglês. Mesmo assim, se quiser visitar, é só clicar aqui.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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