Acima: “Amely”, de Pryscila Vieira

Adoro quando alguém me diz “Quero começar a ler quadrinhos, o que você me sugere?”. Não porque a pessoa vai passar a ter um hobby que eu amo – OK, também por isso. Mas por saber que aí vai começar uma conversa gostosa sobre cultura.

Minha resposta à essa questão é sempre composta de duas perguntas: “De que tipo de filme você gosta? E livro?”.

Só depois de enrolá-los bastante (adoro ouvir o que meus amigos e amigas curtem), começo a tentar responder. O que eu apresento aqui embaixo é uma lista de sugestões… Completamente subjetiva, claro! Se eu voltar a fazer uma lista dessa daqui um mês, certamente vou mudar muita coisa.

A lista originalmente teria dez sugestões. Mas não resisti, ampliei para 20 e a dividida em duas postagens com cinco temas cada. Hoje é a vez de:

  • Gosto de romance/comédia romântica
  • Para pensar/espiritual
  • Prefiro aventuras
  • Quero dar risada
  • Surpreenda-me!

Amanhã publico a continuação, que terá:

  • Gosto de terror
  • Quero dar risada (de novo!)
  • Eu quero é uma boa história, pode escolher qualquer coisa
  • Um quadrinho para ler com meus filhos
  • Eu me amarro em erotismo

OK, agora que está tudo explicado, vamos à lista de hoje!

Gosto de romance / comédia romântica

  • A série “Valente”, de Victor Cafaggi é muito engraçada e fofa… Ele usa bichinhos divertidos como personagens e cria ótimos roteiros para falar sobre temas sérios: amizade, relacionamentos amorosos, autoconhecimento…
  • Pieces”, de Mario Cau, é uma série linda tanto pela arte como pela doçura dos roteiros.  Às vezes doce, às vezes agridoce, sempre de ótima qualidade.

Para pensar / espiritual

OK, vou dar duas sugestões bem diferentes:

  • 7 Vidas – Diário de Vidas Passadas”, uma reflexão interessante e envolvente de André Diniz e Antonio Eder sobre a vida (ou, sem querer dar muito spoiler, as vidas).
  • Yeshuah”, uma biografia de ninguém menos que Jesus Cristo; Laudo Ferreira escreveu, desenhou e ganhou alguns prêmios com essa obra.

Prefiro aventuras

  • Bando de Dois”, de Danilo Beyruth, é uma bela história no cangaço brasileiro – se liga no nome dos protagonistas: Caveira de Boi e Tinhoso.
  • Qualquer livro do Lourenço Mutarelli é bom, mas a minha sugestão para este gênero é a coleção com as aventuras do detetive Diomedes.

Quero dar risada

  • Qualquer livro do André Dahmer… Por exemplo, “Quadrinhos dos Anos 10”. Faz humor ao mostrar os ridículos e os exageros da sociedade brasileira do século 21. Você vai rir muito para não chorar litros.
  • Amely – Uma Mulher de Verdade”, de Pryscila Vieira. História engraçadas, mas que te fazem pensar sobre você mesmo e seus relacionamentos. Você sabe ouvir, é carinhoso(a), apoia seu(sua) namorado(a)?
  • Luis Fernando Verissimo é maravilhoso em tudo: romances, contos, crônicas… Mas como estamos falando de HQs, sugiro a hilária tira “As Cobras”.

Surpreenda-me!

Gosto deste pedido de sugestões à la carte…

  • Os álbuns de Marcelo Quintanilha são excelentes, mas não vou te sobrecarregar com títulos. Comece com “Talco de Vidro”, meu predileto dele.
  • A série “Nanquim Descartável”, criada por Daniel Esteves, traz o cotidiano de três amigos quadrinistas. Interessa apenas a fãs de HQs? Não mesmo!
  • Laerte é maravilhosa, mas você provavelmente já conhece o trabalho dela. Vou sugerir um dos meus favoritos: “Laertevisão”.

Se você contou, passei um pouquinho de dez sugestões… Amanhã, sugiro mais dez.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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