Normalmente, aproveito as quintas-feiras para escrever sobre mangás aqui no HdQ – não sei por que, simplesmente, quando percebi, já estava fazendo isso. Mas hoje vou abrir uma exceção: afinal, ontem estreou na Disney+ uma nova temporada do seriado do Demolidor, um dos meus personagens favoritos. Fiquei caçando para ver se achava alguma curiosidade interessante sobre ele para o texto de hoje e… pois bem, e achei.

A Netflix estreou, em 2015, o primeiro seriado do Demolidor. Foram três temporadas marcadas por atuações incríveis de Charlie Cox (o protagonista), Deborah Ann Woll (como a forte Karen Page) e Vicent D’Onofrio maravilhoso como o antagonista Wilson Fisk. Pois vi que o site gringo CBR descobriu que o vigilante da Cozinha do Inferno quase co-estrelou outro seriado na TV exatamente 4 décadas antes, em 1975.

Angela Bowie, então mulher do incrível David Bowie, conseguiu em 1975 os direitos televisivos da Viúva Negra e do Demolidor, na esperança de usá-los como veículo estelar para as ambições de Angela na tela. A própria Angela Bowie seria a Viúva Negra, e Ben Carruthers, a princípio, atuaria como Matt Murdock/Demolidor. Eles fizeram, inclusive, sessões de fotos caracterizados como seus personagens – como não tenho direito a elas, usei neste texto print screens da matéria do CBR.

O projeto, infelizmente, não foi para frente. Em 1975, havia apenas pouco mais de uma década de histórias do Demolidor publicadas. Eram épocas de HQs bem mais ingênuas, coloridas, divertidas, rocambolescas. Que personagens teriam sido utilizados? Manuel Eloganto, o Matador? O patético Homem-Sapo? O Metaloide, sempre armada com suas perigosas… pernas que esticam? Mais importante! E o David Bowie, será que também estaria na série? Como quem? O Senhor Medo, sempre mascarado, seria um desperdício. David Bowie como Jonathan Powers, o Bobo da Corte, seria hilário. E que tal ele como Killgrave, o Homem-Púrpura?

Não vi, nunca verei (já que não foi feito), mas gostei mesmo sem ter visto.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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