Quando eu era criança e adolescente (antes da Internet como conhecemos hoje), era muito raro achar reportagens ou entrevistas sobre quadrinistas. E como desde pequeno eu gostava de HQ, havia uma “rede informal” de pessoal que recortavam matérias para me mandar – avó, tio etc. Eu guardava tudo em uma pasta, e anotava autores que meus ídolos indicavam – se eram ídolos dos meus ídolos, deveriam ser ótimos, certo?
Foi assim que conheci o norte-americano Jules Feiffer, ídolo dos meus ídolos. Roteirista (um curta escrito por ele ganhou um Oscar em 1961), chargista (ganhou um Pulitzer por isso em 1986), quadrinista (entrou pro Hall da Fama do Eisner Awards em 2004). Ou seja, não é só que ele atua em diferentes áreas: é excelente em todas.
Pois bem! Feiffer, aos 95 anos, está na ativa. E experimentando. Vi no New York Times que ele está lançando um público novo, e para um público diferente: “Amazing Grapes” é destinado ao que o vetusto jornal americano chama de “young readers” – trocando em miúdos, crianças entre 8 e 12 anos.
(Você pode ler a reportagem aqui: “At 95, Jules Feiffer Tries Something New: A Graphic Novel for Young Readers“.)
Ainda não há previsão para “Amazing Grapes” (“Uvas Incríveis”, em tradução livre) sair por aqui, mas deixo a sinopse da editora americana: “Curly e Perlie, irmão e irmã, se veem transportados para a Dimensão Perdida. Logo se juntam a eles a irmã mais velha Shirley e sua mamãe muito especial. Aventuras maravilhosas aguardam toda a família nessa estranha dimensão. Venha e veja você mesmo!”.]