Na semana passada, comentei sobre o excelente mangaká Jiro Taniguchi em minha coluna semanal na TV Cultura. Em resumo, elogiei seus roteiros inteligentes e sensíveis e seu traço limpo e preciso.

Taniguchi tem público aqui no Brasil. Nos últimos anos, foram lançados, por exemplo, “O Diário do Meu Pai”, “Zoo no Inverno” e “O Homem que Passeia”. Felizmente, ainda tem obra dele que é inédita para nós, e deixo aqui três humildes sugestões de publicação.

Botchan No Jidai” (“Nos tempos de ‘Botchan'”, em tradução livre)

Esta série, criada ao lado de Natsuo Sekikawa, retrata o escritor japonês Natsume Soseki e a sociedade em que vivia, um período conhecido como Era Meiji (1864-1912), quando o Japão estava começando a se abrir para o Ocidente. “Botchan” é uma famosa obra de Soseki, daí o título do mangá.

Kamigami no Itadaki” (“O cume dos deuses”, em tradução livre)

Série em cinco volume que adapta o romance homônimo de Baku Yumemakura. Narra a história de um fotógrafo que encontra uma câmera que teria pertencido a George Mallory, um alpinista que desapareceu no Monte Everest, e parte em uma aventura de escalada. Taniguchi, inclusive, chegou a praticar escaladas para conhecer melhor o alpinismo (e as montanhas) e criar um mangá ainda mais atraente.

Ikaru” (Ícaro”, em tradução livre)

Para mim, a mais inusitada. Nada menos do que uma parceria dele com o francês Moebius, outro mestre da nona arte. O roteiro -uma história de ficção cientítica – fica com o criador da “Garagem Hermética”, e as ilustrações ficam com o mangaká.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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