Se você é como eu, passou o feriadão de ontem lendo muitas HQs – reclamando do calor, claro, mas lendo… Estamos, já há um bom tempo, em um momento em que proliferam opções de quadrinhos para lermos, especialmente nacionais. Os sites de financiamento coletivo são uma mão na roda para descobrirmos novos autores e projetos. Por isso, tenho aproveitado ao menos uma vez por mês o Hábito de Quadrinhos para sugerir opções que me parecem bacanas. Não li nenhuma das que estão abaixo – as descrições são dos autores.

Contrição“, de Vitor Flynn e André Bernardino

“Dando sequência a uma parceria quadrinística que vem já de longa data, resolvemos continuar na pegada de histórias curtas de terror que havíamos iniciado no nosso último livro, Depois que os sinos dobram, em que elementos fantásticos se entrelaçam com questões sociais e angústias individuais.
Mas, ao invés de um volume maior reunindo várias histórias, resolvemos desta vez apostar em um formato um pouco mais simples, uma revistinha de banca, com apenas uma história, fechada em si mesma. Algo que fosse um pouco mais tranquilo de realizar, mas que ainda resultasse numa revista com algum charme, um volume pequeno e barato, mas feito com cuidado e carinho.
Pensamos então nessa história, que é uma adaptação um tanto livre do conto Jikininki, da coletânea de contos japoneses de assombração Kwaidan, de Lafcádio Hearn. Transpondo, porém, a trama do Japão tradicional para algum lugar indeterminado no interior do Brasil, no começo do século XX, com um jovem padre no papel do monge budista do original. Como se trata de uma história curta, falar muito mais seria dar spoiler.
Mas espere coisas sinistras.”

Celeste“, de Mariane Gusmão

“CELESTE é uma história em quadrinhos curta e sem diálogos sobre uma gatinha de rua que vive no parque Ibirapuera em São Paulo. Certa noite ela escuta um barulhão no interior do parque, sua curiosidade felina faz com que ela vá investigar a origem do barulho e então ela encontra… uma nave espacial alienígena! Mas ela não entende muito bem o que é aquela coisa estranha e barulhenta. E agora? Ela nem imagina que essa nave vai mudar sua vida para sempre!”

Cara/Coroa“, de Felipe Castilho

Essa é uma HQ que reúne duas histórias sobre profissionais que estão na linha de frente contra o que podemos enfrentar de pior na sociedade.
Em CARA, acompanhamos um entregador de aplicativo trabalhando em uma terra devastada. A vida de nosso Cara é arriscada pelo bem-estar de quem sequer lembra da existência de um humano por baixo do capacete.
Em COROA, acompanhamos duas famílias vivendo em uma floresta onde todos são conectados por cordões e a história do Monarca. Uma outra face da história que compartilhamos com o mundo, Coroa é uma fantasia, mas também é sobre profissionais da Saúde que estavam na linha de frente da COVID-19.

Mugoku“, de Ōkami Studio

“Mugoku é uma historia fictícia, de artes márcias, que em um mundo onde o poder e a riqueza ditam as regras, o submundo das artes marciais floresce nas sombras. Sob o comando enigmático de uma figura misteriosamente conhecida apenas como “KARPA”, um torneio lendário emerge como o palco definitivo para a elite dos magnatas. Somente os mais ricos e influentes têm o privilégio de participar deste torneio clandestino, onde a busca pelo poder e prestígio é levada ao extremo.”

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

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