Um dos melhores quadrinhos publicados no Brasil no ano passado foi, na minha opinião, “Grama”, de Keum Suk Gendry-Kim. (Você pode clicar aqui para comprar o livro ou aqui para ler o artigo que escrevi sobre ele na minha coluna semanal na TV Cultura).
Trata-se de um manhwa (quadrinho sul-coreano) de não-ficção: a dolorosa história real de uma vítima da guerra entre o Japão e a Coreia, transformada em escrava sexual pelo exército invasor nipônico.
Agora, a editora Pipoca e Nanquim coloca em pré-venda o livro seguinte de Keum Suk Gendry-Kim: “A Espera”.
Uma vez mais, a autora retrata uma história real com raízes um conflito, agora a Guerra da Coreia. Ainda não li o livro, mas fico com este trecho do resumo feito pela editora:
“A obra surgiu de uma revelação que a artista teve em seu núcleo familiar: sua própria mãe foi separada da irmã durante a Guerra da Coreia. Keum veio a descobrir depois que não se tratava de algo tão incomum entre o povo coreano, cuja vida foi completamente alterada quando Sul e Norte se lançaram em um combate armado, nos anos 1950. A partir de entrevistas com sua mãe e outras vítimas de separações forçadas, nasceu ‘A Espera’.”
“Grama” foi mais do que uma porrada no estômago. Imagino que “A Espera” vá pelo mesmo caminho.