Não acredito que nenhum super-herói exista. Aliás, duvido que algum leitor acredite.

Será um planeta distante (não precisa ser Krypton), em que a vida se desenvolveu por milhões de anos para, por acaso, terminar com sua espécie inteligente ser exatamente idêntica à humana da Terra, a anos-luz de distância?

Será que existe uma cidade sombria (não precisa ser Gotham City) em que a polícia acha OK alguém usar uma fantasia de morcego e violar todas as leis que puder?

Será que existe uma ilha paradisíaca (não precisa ser Themyscira) em que a princesa seja uma deusa e uma super-heroína nas horas vagas de suas obrigações como membro da família real?

Não, não e não. E tudo bem! O gênero dos super-heróis está aí, nos quadrinhos, na TV, no cinema, no rádio etc, nos trazendo aventuras que vão do puro escapismo a reflexões interessantíssimas. Então, por que algumas dessas obras têm vergonha de se assumirem como sendo de super-heróis? Discuto este tema na minha coluna desta semana no site oficial da TV Cultura. De quebra, recomendo duas ótimas HQs de super-heróis que não são nem da Marvel nem da DC, e que você pode ler despreocupadamente mesmo que não conheça a cronologia dos personagens:

  • Astro City”, de Kurt Busiek, Brent Anderson e Alex Ross
  • Powers”, de Brian Michael Bendis e Michael Avon Oeming

Mas, já que estamos por aqui, aproveito para sugerir uma obra da Marvel e uma da DC em que os super-heróis clássicos brilham, e que você vai desfrutar mesmo que nunca tenha lido nenhuma história de super-herói na vida.

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Escrito por

Pedro Cirne

Meu nome é Pedro, nasci em 1977 em São Paulo e sou escritor e jornalista - trabalho no Estadão e escrevo sobre quadrinhos na TV Cultura.
Lancei dois livros: o primeiro foi "Púrpura" (Editora do Sesi-SP, 2016), graphic novel que eu escrevi e que contou com ilustrações 18 artistas dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Este álbum contemplado pelo Bolsa Criar Lusofonia, concedido a cada dois anos pelo Centro Nacional de Cultura de Portugal.
Meu segundo livro foi o romance "Venha Me Ver Enquanto Estou Viva”, contemplado pelo Proac-SP em 2017 e lançado pela Editora do Sesi-SP em dezembro de 2018.
Como jornalista, trabalhei na "Folha de S.Paulo" de 1996 a 2000 e no UOL de 2000 a 2019.

Quer falar comigo, mas não pelos comentários do post? OK! Meu e-mail é pedrocirne@gmail.com

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